Fui apresentada pra mais de dez homens tidos como donos de morro ou braços direito de alguém que não pôde comparecer, fora as mulheres que me olhavam torto como se eu tivesse tomado banho de lama sem perceber. PL se divertia no meio deles, de fato aquele era o meio dele.
Depois de ser apresentada pra todo mundo voltei pra mesa com a meninas. Comi como se tivesse em uma festa de aniversário, claro que o PL traria tudo que eu gostava. Salgados, docinhos, bolos, sorvetes. Tudo sendo servido a vontade pra quem quisesse. Fora a grande churrasqueira cheia de carnes e um freezer abarrotado de cervejas e refrigerantes.
Eu estava numa espreguiçadeira do lado das meninas, eu tava com uma bacia de comida na mão enquanto via as magrelas do outro lado da piscina fazer cara feia pra lindas gorduras no meu prato. Fiz careta, até parece que eu ia largar minhas coxinhas por causa de cara feia. Meti uma na boca e fiz questão de mastigar de boca aberta pra maluca que me olhava.
—Amiga essa sua barriguinha ta linda.— Foquei na Marcela passando a mão sobre minha barriga descoberta.
— É, não é?— E tava mesmo, eu só faltava comer o reboco das paredes.
—A dinda quer ver a carinha dele logo.— Luana completou
—Dinda?— Karol gritou.—Ela já foi escolhida como madrinha, Manu?
—E ela deixa eu escolher alguma coisa, Karol? Não deixou nem eu terminar a frase "Estou grávida, Luana", já foi se chamando de "dinda"
— Ohh nem vem, a criança é meu afilhado e acabou o assunto — Começamos a rir da cara dela. Eu não duvidaria que ela me sequestrasse só pra isso acontecer.
Barbara sorrir pra mim de canto e desvia os olhos pra frente. Sigo seus olhos e começo a rir quando vejo o moreno, parecia se chamar K2 ou 2K, só sabia que tinha um K no meio e mais nada. Ele levanta da cadeira.
—Amiga, vamos pra piscina, vou engordar uns dez quilos se não sair dessa mesa e parar de comer
—Vai lá. — Gritei.— Bota essa bunda pra fora, Barbara — Disse rindo e batendo na bunda dela.
Nos cinco começamos a rir quando ela começou a dançar junto da música alta, mas não deu nem tempo de suspende a saída e fazer charme para o moreno bonito com os olhos grudado nela. Barulhos de rojões inundaram o ar. Barbara se jogou no chão.
—Invasão! — Ouvi alguém gritar. Antes que eu associasse o barulho e a correria a realmente a tiro e morte, senti uma mão me erguer da cadeira sem dificuldade
—Levanta Manú — Olho pra trás, pro dono das mãos gigantes, e Alex me encara assustado. — Vocês precisam entrar no cofre agora !
Ele me puxa da mesa e me direciona pra porta da sala. Ouço a gritaria das meninas as minhas costas e tento encontra-las me virando enquanto sou arrastada aos tropeços. O moreno bonito trás as meninas e assim que olho pra frente, PL vem na minha direção. Ele já tava armado e parecia procurar alguém.
—Pra onde tá levando minha mulher?! — Um friozinho na barriga me sobe, ele nunca tinha me chamado assim.
— O seu cofre! Ou vai deixar ela desprotegidas, no meio dos teus corre!—Eu começava a entrar em pânico.
—Eu faço isso! — Ele puxa meu braço das mãos dele. — Vai se organizar com teu parceiro, ou ajuda ou vaza do meu morro, falou!
O Alex ainda fixa os olhos em mim antes de encarar o PL, eu não ia duvidar se aquele olhar que ele dava na direção do Paulo fosse uma bela ameaça de morte. Ele desvia os olhos do PL e me encara, acena e sai. Paulo sai me puxando porta a dentro com as meninas atrás ainda gritando por cima dos barulhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Dono do Morro (Livro 1 - Versão Original)
Fiction généraleSérie - Contos de Favela ATENÇÃO! O livro aqui disponibilizado está registrado na biblioteca do livro e qualquer cópia disponibilizada sem autorização terá o seu autor processado. Livro contém: Cenas de sexo Palavrões Apologia ao Crime Mortes Crime...