♚ I - 24 ♛

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PV: Manuella.

Acordo com vozes, PL resmungando algo enquanto me abraça apertado. Ainda tava escuro. Não faço a mínima ideia que porcaria aconteceu, me mexo ainda de olhos fechados e percebo que estou em cima dele na cama enquanto ele parece nervoso. Abro os olhos e ele me encara, com toda a certeza ele tá nervoso.

— Quer me matar, sua louca?!

—Oque foi? — Ainda me sinto lenta.

—Você desmaiou do nada, ficou toda mole caindo por cima de mim, eu fiquei maluco pensando "que já era". —  Tento não rir quando ele começa a passa uma das mãos nos cabelos. — Pensei que tivesse fodido tudo.

— O que foi...

— Daí tu voltou e começou a resmungar, eu não entendia porra nenhuma! — Começo a rir da cara dele. — Tá achando graça, Manuella! Mandei os vapor atrás de um médico, tava com medo de ter feito algo errado, porra!

—O que foi que eu fiz?

—E eu lá sabia! Já tava esperando o sangue no chão! — Ele fala desesperado. Te coloquei na cama apressado e tu voltou a dormir. Do nada! — Ele grita.  —O filho da puta chegou mais de meia hora depois e quando chegou ficou segurando o riso. Desgraça, quase matei ele.  

— PL...—  Começo a rir alto quando ele me coloca de costa na cama e deita de modo que fica com a boca na minha barriga.

—Ele falou que foi culpa do orgasmo, que isso poderia acontecer, mas se acontecer sempre tem que fazer uns bagulho lá.—  Ele deita a cabeça na minha barriga.—Não vou fazer isso, nunca mais. Quase tive um ataque.— Que história era aquela?!

—Vai fazer sim. — Começo a sorrir

—NÃO, essas coisa aí pode prejudicar a minha menina. Se eu não enlouquecer daqui pra lá só tem sexo depois que ela nascer.—Ele só podia tá brincando!

—Acho mais fácil tu enlouquecer

—Não. Vou me controla, tenho certeza. —  Sorriu quando começa a passar a mão pelo meu corpo. —Juro que vou tentar. Isso pode ser perigoso Manú, é serio.— Ele me olha serio, não consigo ficar seria quando ele ta preocupado comigo. 

—Para de besteira! —  Digo rindo e puxando seu rosto pra um beijo. Ele não deixa mais que um único beijo. Ele não podia fazer aquilo. — PL!

—Vamo dormir um pouco mais. — Ele me puxa para o seu abraço e me aperta. — Quase me matou, sua maluca. —Sorriu mesmo estando irritado. Mas acabo fazendo o que ele manda. Durmo tranquilamente em seu aperto.


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Já era dia quando uma música alta me acorda. Me sento na cama e o PL já não estar mais no quarto. Sinto meu estomago revirar e quase não consigo chegar ao banheiro, coloco o que comi ontem pra fora. O que condiz com alguma torta estranha que comi na casa do papai e refrigerante. Nada mais que porcaria.

Tomo um banho, escovo os dentes, visto uma roupa qualquer e abro a janela. A música vinha de fora e não da casa, provavelmente algum vizinho que achava aquela hora já é tarde o suficiente. O sol já não está de matar, parecia fim de tarde. Desço as escadas morrendo de fome. Dona Rita já tinha ido embora então aproveito a liberdade e corro pras panelas no fogão.

Olho as panelas e me deparo com uma grande panela de feijão preto, uma delicia, chego a ficar salivando. Coloco o feijão no prato e abro a geladeira a procura de algo. Vejo uma lata de goiabada. E porque não? Tiro um pedaço enorme de goiabada e jogo dentro do prato. Me sento e a primeira colherada me deixa nas nuvens. Isso é uma maravilha, a mistura de doce e salgado.

O Dono do Morro (Livro 1 - Versão Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora