♚ I - 42 ♛

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PV: Paulo (PL)

Depois que Manuella sai, amarro o tio dela ainda apagado na cadeira que Gabriella estava. Meu irmão tá inconsciente ha horas. Deve ter alguma coisa a ver com a quantidades de vezes que eu bati sua cabeça na parede, quando ele resolveu ficar de boca fechada sobre a localização da ursinha.

O Picasso ta só o caco. Arranquei todos os restos dos dedos e ele não para de sangrar e melar toda a porra do meu chão, desgraça só me atrapalha. Jogo um balde de água gelada em cima do Picasso pra ver se ele acorda. O filho da puta nem reage direito.

—Vamos voltar a nosso interrogatório, parceiro?

—Me mata logo PL! — Ele tenta gritar

—Matar? Tá doidão, torturar é mais divertido. — Ele fica nervoso. Puxo a mesa que tá seus dedos e analiso o que mais eu posso tirar — Vamos pra pergunta que não quer calar! O que você ia ganhar com a minha queda? Tá valendo a orelha esquerda

—Você merecia! Merece toda a desgraça da sua vida

—Ohhhh. Abriu a boca

—Você destruiu a minha vida quando me tirou daquela cela. Matou a minha mãe!

—Ela pediu pra te tirar de lá, seu puto

—Preferia ter morrido ali do que hoje viver sem ela. E ainda me culpa por ela ter morrido queimada no meio da Rocinha inteira! Eu ia te destruir PL. Ia adorar queimar tua mulher viva, só pra você sentir a dor que tua escolha me causou.

—Você virou meu amigo só pra depois me destruir? —Pergunto sem reação, o filha da puta era um irmão pra mim

—Ia te derrubar lá na Rocinha, pena que tu me tirou de lá antes de arrumar gente suficiente pra provocar tua queda. — Ele gargalha em meio a dor

—Te dei um império! — Me levanto irado

—Império de bosta! — Ele grita. — Você sabe realmente porque foi parar naquela merda de cadeia? Quis sair, sair daquela vida de vapor, mas ai tu me tira da cadeia e me torna chefe. Chefe de uma merda que minha mãe sempre implorou que eu saísse. Ela morreu e eu me tornei o que ela sempre odiou. — Ele sorrir com lágrimas nos olhos

—Tá de caô? Porque tu não falou que não queria, que queria sair dessa vida? — Joguei a merda da mesinha longe

—Porque eu queria que você sofresse. Mas você sempre foi um bosta. Nunca puxava um beck, nunca bebia demais, nunca pegava as parada boa que eu te dava. Nem as puta tu transava sem camisinha. —Ele rir. — Coloquei tanta mina doente no teu caminho. Mas nada! Só aquela mina dá pá virada, riquinha mimada. Ainda te deu uma herdeira. Adoraria esmagar aquela cria do demônio com as minhas próprias mãos!

Ouvir ele falar da minha mulher e principalmente da minha filha me faz realmente ser o demônio em pessoa. Pego uma faca afiada do chão e me aproximo dele, ele me olha com nojo

—Vou te matar, né isso que você quer?

Faço um corte limpo e fino e suficiente em sua garganta. Vejo ele arregalar os olhos quando sente a faca rasgando sua garganta. Como eu imaginava o corte é perfeito, sua língua desce e fica exatamente do lugar que eu rasguei. Vejo ele agonizar e tentar agarrar a língua que ainda balança pra fora de sua garganta. Ele agoniza durante minutos na minha frente.

Se eu sinto pena? Remoço? Nem um pouco! Parto para o meu irmão. Sinto ele gelado sobre minhas mãos. Tento ver sua pulsação, nada! A desgraça nem aguenta umas batidas na cabeça? Arrasto o Gustavo já duro pelo chão em direção ao fundo da casa. Vou voltando pra sala quando escuto a porta ser escancarada.

O Dono do Morro (Livro 1 - Versão Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora