PV: Paulo (PL)
—O que tá acontecendo? — Grito
—Soltaram o lero, não é verme. E se for inimigo não se mostram. — O Magrão chega falando
—Tão todos encapuzados, cheio de armamento profissa — O whatsapp do Pitoco não para de chegar imagens do início da favela.
—Tem arma suficiente?
—Tem, buscamo ontem
—Manda pro Marcelo essas fotos, quero que ele descubra algo sobre esses merda. Vamo descer pra fazer a festa
Antes de descer ligo para a Manuella. Elas estão no cofre desde o primeiro rojão estourar e junto com ela o Conan e todos os homens que fazem a guarda da parte de dentro
Três horas depois
São sete horas e o céu já escureceu. Avançaram, essa porra tá chegando no meio. Tenho mais de 400 homens entre mortos e feridos. Tenho sangue pelo meu corpo inteiro.
Fico de frente o tempo todo e recuo só quando um dos meus me arrasta. Tô putasso, só falta a porra de um tanque de guerra pra essa merda acabar de vez.
—Recua chefe, recua porra. — Me puxam e me colocam numa 125 e me levam mais pra cima do morro, aproveito e ligo para o Picasso
Ligação ON
—Caralho que porra tá acontecendo? — Ele grita.
—Manda homens, seu bosta. Tô sendo morto a qualquer minuto, porra!
—Vou mandar. Cadê a Manuella, cacete? — Meu corpo gela
—Tá em casa
—Tira elas dai parceiro, tô aqui do lado.
—Flw, flw. — Uma bala raspa na perna e se choca num poste mais a frente.
Ligação OFF
—CARALHO! — Grito —TOCA PRA CASA, TOCA PRA CASA!
Ele acelera e não demora muito pra chegar na frente de casa. Quando abro o portão muitos levantam a arma pra mim
—Oh, cuidado com essa porra
—Vacilo, vacilo. —Hugo diz - A onde eles estão?
—Perto, muito perto dessa porra
Entro na casa e vou na direção do escritório, abro o cofre as pressas, e de novo sou recepcionado por fuzil. Quando Manuella me ver, vem rápido ao meu encontro. Muita coisa mudou no cofre depois que a neném nasceu, foi adaptado pra uma criança. Agora tem banheiro, berço e comida
—Tu tá sangrando. — Ela olha a minha perna
—Cadê minha filha? — Olho por cima de seu ombro e perto do berço Conan ta armado
—Dormindo. — Vou até seu berço e admiro a minha menina
—Quero que sigam para o Vidigal
—Não!
—Não é um pedido é ordem, e se não for por bem, sabe que vai a força
—Tu não pode fazer isso! — Ela grita e Valentina resmunga meio chorosa
—Presta atenção. — Prendo seu rosto em minha mãos - A gente pode perder essa porra e eu não quero vocês aqui pra ver isso
—Você vem!
—Não posso, não vou ser um desses que no primeiro sinal de problema corre.
Se for perder, sou o último a sair—SE SAIR! — Valentina se assusta mais uma vez e chora. Manuella a pega nos braços a balançando de um lado para o outro
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O Dono do Morro (Livro 1 - Versão Original)
Ficción GeneralSérie - Contos de Favela ATENÇÃO! O livro aqui disponibilizado está registrado na biblioteca do livro e qualquer cópia disponibilizada sem autorização terá o seu autor processado. Livro contém: Cenas de sexo Palavrões Apologia ao Crime Mortes Crime...