Há vários tipos de amor e várias formas de amar, mas a melhor de todas é a verdadeira e incondicional.
Aquele amor que nunca se cansa, que nunca se esgota. Que não se importa se é assim ou de outra forma. Aquele tipo de amor que apenas quer o bem e a felicidade da pessoa amada.
Aquele amor que aconteça o que acontecer se mantém firme como uma rocha. Que atravessa tempo e distância. Que cuida, protege e fica sempre ao lado.
É esse o amor que sinto por você, e que sempre sentirei.
PV Bônus: Caveira
Ninguém sabe a dor de perder um filho até você ser pai. Sofri quando entrei naquele hospital a 25 anos atrás e ouvi a Ana gritar que tinha perdido a nossa menina. Machucou saber que era uma menina, mas que não tinha mais nada a ser feito para salva-la. Sofri depois que ela roubou o Alex de mim. Sofri tentando encontra-los, e mesmo com todo o dinheiro do mundo, não consegui.
Depois veio a minha cura, Manuella. Significava "Deus está conosco" carrega consigo, portanto, um simbolismo de amor, de paz e de esperança. Mas joguei tudo pro alto de novo por ainda procurar o Alex. O dinheiro já não tava mais entrando o suficiente para continuar a procura, e eu não viveria comigo mesmo se desistisse dele. Fui atrás do errado.
Acabei me afundando ainda mais na dor quando vi minha mulher morrer em meus braços por minha culpa. Tive que me afastar da Manú pra não fazer com ela o que fazia com todos que se aproximavam de mim. Me joguei no crime.
Fazendo o que eu sabia fazer de melhor, matar e acabar com o que me rodeava. Foi doloroso todos aqueles anos longe dela, mas tendo o Alex do lado amenizava a minha dor. Consegui minha vingança e meus filhos estavam bem.
O Alex nunca deixou a Manuella sozinha. Ia atrás dela feito uma sombra, pois tinha medo do que poderiam fazer com ela, a qualquer momento, se descobrissem quem ela era ou o que ela significava para nós. A nossa vida sempre girou em torno dela, da proteção da branca de neve.
Confesso que senti pura raiva quando soube da gravidez dela com o tal PL. Queria mata-lo, eu já queria antes e aquilo era só mais um motivo pra destruí-lo, mas por ela eu não fiz. Fiquei feliz por eles dois apesar de tudo. Estava me acostumando a amar imensamente a minha neta, que rezava que não tivesse traços do traste que ela iria chamar de pai.
Gostava de ver minha filha feliz, só odiava quando ela acaba se envolvendo com o lado negro e incomum entre nós dois. Ela é frágil é a minha menina, as minhas meninas não deveriam viver no meio dessa "coisa".
E foi nessa "coisa" que tudo tava se acabando. Meu filho esta quase morrendo, a minha filha está sofrendo a pior perda que uma mãe poderia sofrer e até minha neta, que não tinha nada a ver com meus problemas, estava sendo prejudicada por mim.
Saí do pronto socorro desesperado. Liguei para a Vânia mesmo ela acreditando que eu estava morto, não poderia deixar a Manuella sozinha se o PL fosse mesmo preso.
Só o Roberto sabia da minha existência, foi ele que me ajudou a forjar a minha morte e fazer meu irmão acreditar, que aquele homem sem cabeça, era eu. Foi um desespero quando Vânia atendeu, mas esperava que ela fosse socorrer a minha menina o mais rápido possível
Cheguei no Alemão ainda sem respostas sobre o Alex. Sabia que ele tinha sido encaminhado para o hospital São Lucas Copacabana, e que tinha sofrido uma parada respiratória assim que chegou.
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O Dono do Morro (Livro 1 - Versão Original)
Fiction généraleSérie - Contos de Favela ATENÇÃO! O livro aqui disponibilizado está registrado na biblioteca do livro e qualquer cópia disponibilizada sem autorização terá o seu autor processado. Livro contém: Cenas de sexo Palavrões Apologia ao Crime Mortes Crime...