❝ Será que um bom garoto, consegue mudar um garoto mau? ❞
Baekhyun vem de uma família de pessoas ricas e fortemente religiosas, e quando seus pais decidem se mudar para uma nova cidade, ele acaba conhecendo Park Chanyeol, o garoto mau que iria mudar...
Infelizmente o outro dia havia chegado, e eu mais uma vez precisava ir a escola. Mas dessa vez a nossa governanta não apareceu, apenas o meu fardamento estava em cima da minha escrivaninha.
Com muito esforço me levantei da cama, calçando os meus chinelos, indo em direção ao banheiro, assim que cheguei ao mesmo, encarei meu próprio reflexo no espelho, arregalado um pouco dos meus olhos ao ver as olheiras fundas, e as marcas mais vermelhas em meus braços e pernas. Pisquei os meus olhos diversas vezes, tentando não olhar mais para o espelho, retirei o meu pijama e fui em direção ao box, logo colando a temperatura do chuveiro para a quente. Assim que senti a água bater contra o meu corpo ─ cheio de feridas ─ coloquei a minha mão contra a boca, evitando de soltar um grito. Fui para trás, me encostando na parede, sentindo as lágrimas começarem a cair dos meus olhos novamente, me agachei no chão, começando a soluçar.
†
Eu havia pedido para que o meu motorista demorasse um pouco para chegar até a escola, mas ele não me deu ouvidos, apenas disse que eram ordens do meu pai. Meu pai havia mandado todos nossos empregados não me obedecerem, apenas a ele, nem mesmo a minha mãe.
Quando o carro parou em frente a escola, esperei que o motorista abrisse a porta pra mim, mas ele não o fez, apenas ficou parado em seu assento, com suas mãos no volante. Engoli em seco, e abri a porta, saindo do carro e arrumado a minha mochila nas costas. Assim que entrei na escola, senti o olhar das pessoas focados em mim mais do que o primeiro dia de aula, me fazendo morder o lábio e tentar ignorar os olhares.
─ Baekhyun? ─ Ouço a voz de Luhan atrás de mim, mas apenas continuo andando, indo em direção a minha sala. Ouço seus passos vindo até mim, e eu tento andar um pouco mais rápido, mas eu mal conseguia andar, quem dirá correr. ─ Eu estou falando com você ─ Ele segurou meu ombro, e me virou para ele. ─ Por que não parou quando eu chamei você?
─ Eu achei que estava atrasado para a aula, desculpa ─ Pisquei diversas vezes, segurando as alças da minha mochila. Fixei meu olhar em meus sapatos, tentando não fazê-lo ver meu rosto.
─ Está cedo até demais ─ Colocou sua mão no meu rosto, e o levantou, me forçando a olhá-lo. ─ O que foi isso com o seu rosto? ─ Arregalou os olhos, e com a sua outra mão, também segurou o meu rosto. ─ Não minta pra mim...
─ N-não quero falar sobre isso ─ Neguei, comprimindo meus lábios, e fechando os olhos, tentando evitar de chorar.
─ Não precisa me falar agora ─ Soltou o meu rosto, e suspirou. ─ Mas eu quero saber a verdade, eu estou preocupado com você
Eu não o respondi, apenas concordei, ele deu de costas para mim, indo em direção a sua sala. Engoli em seco, indo em direção a minha sala, e graças a deus, não tinha ninguém lá. Pelo menos não agora.
†
O intervalo pareceu como o primeiro dia de aula, eu havia ficado em sala de aula, tentando fazer qualquer coisa que não fosse chamar atenção, mas eu esqueci que agora tenho amigos. Chanyeol logo entrou na de aula, vindo em minha direção, resmunguei e logo tratei de abaixar a minha cabeça.
─ Oi ─ Ele se sentou na cadeira ao lado da minha, virando seu corpo para o lado.─ Ei, o que foi?
─ N-nada ─ Sussurrei, ainda com o meu rosto abaixado. Assim como o chinês fez, levantou o meu rosto, me forçando a olhá-lo. ─ Me solta
─ O que foi isso com o seu rosto? ─ Ele teve a mesma reação que o outro, arregalou os olhos, enquanto encarava o meu rosto. ─ Baekhyun, isso não foi um simples acidente, pode me contar
Eu precisava contar o que estava acontecendo, ou eu iria explodir com tudo isso. Pela primeira vez ─ na frente de outras pessoas ─ permiti que as que as lágrimas caíssem dos meus olhos, e o ruivo arrastou a sua cadeira para mais perto de mim. Com a sua outra mão, passou o seu dedo em minha bochecha, limpando as lágrimas de minhas bochechas.
─ Pode me contar ─ Sussurrou, enquanto ainda me encarava. Ergui o meu rosto, olhando para ele também.
─ E o meu pai...
─ O que que tem o seu pai?
─ Ele me bate. ─ Abri um sorriso triste, recebendo un olhar incrédulo do outro.
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