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Chanyeol me levou para a sua casa, que na realidade era um apartamento. Eu de primeira achei que era um apartamento comprado já com móveis dentro, pois a decoração era incrível. Ele me disse que a mãe dele que o ajudou a arrumar, e eu não fiquei surpreso, pois ele não é uma pessoa que aparenta se importar com decoração.

─ Você vai ficar com o meu quarto, ele é maior do que o quarto de hóspedes ─ Pegou as minhas duas mochilas, indo em direção ao quarto de hóspedes, mas antes que conseguisse, me coloquei em sua frente. ─ O que foi?

─ Eu não vou ficar com o seu quarto coisa nenhuma ─ Peguei novamente as minhas mochilas dele. ─ Eu posso ficar em qualquer lugar, pra mim o quarto de hóspedes está mais do que ótimo

Ele não me respondeu, apenas me guiou para o quarto de hóspedes, que era a porta que ficava no meio do corredor. Assim que a porta foi aberta, o quarto não se mostrou ser muito grande, tinha apenas uma cama, uma cômoda, e uma janela acima da escrivaninha.

─ Eu vou estar na cozinha se precisar de mim ─ Bateu em meu ombro, apertando o mesmo. ─ Pode ficar a vontade, minha casa agora e a sua casa também

Ele se virou, e foi em direção a cozinha, me deixando sozinho no quarto, andei um pouco mais pra dentro do mesmo, e fechei a porta, indo em direção a cama, e colocando as minhas mochilas em cima desta. Comecei a andar pelo quarto, passando meu dedo pelas paredes brancas, até chegar na janela, retirei a cortina da frente da mesma, e as abri, sentindo o vento bater contra o meu rosto.

Mesmo estado em uma distância absurda do chão, eu me sentia mais seguro aqui do que na minha antiga casa.

Depois que tomei o meu banho e assim do banheiro, senti um forte cheiro de queimado vindo do lado de fora. Abri a porta do quarto, ainda com a toalha em meus cabelos, puxei o ar para dentro dos meus pulmões, e comecei a tossir por conta da fumaça, fui até lá, e encontrei o ruivo, segurando uma frigideira na beira do fogão.

─ Mas o que você estava tentando fazer? Nos matar? ─ Puxei a toalha dos meus cabelos, e a coloquei em cima do meu nariz, abanando a fumaça.

─ Eu estava tentando fazer o almoço, mas eu não sou muito bom na cozinha ─ Desligou o fogão com a sua outra mão, e colocou a frigideira lá novamente, retirando as luvas, e as jogando em cima dos balcão. Começou a abanar também, tentando tirar a fumaça da cozinha.

─ Percebe-se que você não é bom na cozinha ─ Soltei uma risada, e fui até dele, colocando as duas mãos em seus ombros, o empurrando para fora da própria cozinha. ─ Eu vou fazer a nossa comida a partir de agora, estamos combinados?

─ Mas você sabe cozinhar mesmo?

Quando eu era mais novo e não tinha nenhum amigo, meu único entretenimento além de ir para a biblioteca da nossa antiga cidade e a igreja era ver a nossa governanta fazer as comidas da minha antiga casa. Ela sempre me deixou ajudá-la em tudo, mas quando meu pai descobriu, este disse que o nosso lugar não era na cozinha junto daquelas pessoas. Mas mesmo sem a permissão dele, eu sempre dava um jeito de ir lá, e tentar cozinhar, e eu acabei aprender alguma coisa.

─ Basicamente ─ Assim que chegamos até a sala de estar, dei a minha toalha a ele, e me virei de costas, voltando em direção a cozinha.

Confesso que foi um pouco difícil tentar fazer algo que seja saudável naquela cozinha, pois as únicas coisas que tinha lá ─ mais do que as outras coisas ─ além de pizza era macarrão instantâneo. Mas acabei usando aquele macarrão e um molho branco com alguns pedaços de carne para fazer um strogonoff. Era a uma comida que eu havia aprendido pela internet, e era a primeira vez que estava fazendo para outra pessoa, então tinha que estar delicioso.

Depois que tudo já estava pronto, coloquei as coisas em cima da mesa, chamando a atenção do ruivo, que logo surgiu do corredor. Seu queixo ficou caído assim que viu as comidas que eu havia preparado.

─ Foi você mesmo que fez isso? ─ Se sentou na cadeira, e eu me sentei em uma a sua frente.

─ Por incrível que pareça, sim, eu fiz ─ Montei um prato, e entreguei a ele, que ergueu uma de sobrancelhas, provavelmente um pouco surpreso com a minha ação.

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