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─ Bom, o que você faz da vida? ─ Perguntei, tentando quebrar aquele silêncio constrangedor que estava entre nós.

─ Eu canto por ai ─ Colocou seus braços em cima da mesa do mini-bar, virando seu rosto para mim. ─ E você?

─ Eu não faço nada, ainda ─ Abaixei meu olhar, me sentindo completamente envergonhado. Os meus pais sempre me disseram que eu só iria trabalhar na impresa da nossa família, e em mais nenhum outro lugar. ─ Mas eu sempre quis cantar também, porém nunca tive a oportunidade

─ Mesmo? ─ Arrumou a sua postura na cadeira, virando a mesma para mim, parecendo se interessar mais pela nossa conversa. ─ Eu posso ouvir você cantar?

─ C-claro, mas, agora? ─ Ele assentiu e eu engasguei com a minha própria saliva, engolindo em seco em seguida. ─ Mas acho que você não vai me ouvir bem com essa barulheira toda

─ Vamos pro terraço lá em cima, e bem mais calmo do que aqui ─ Ele se levantou da cadeira, arrumando sua calça, e então eu o segui para o segundo andar.

Nós não andamos muito até chegar nesse tal terraço, e assim que chegamos me surpreende com a vista. Senti o vento gélido bater contra o meu rosto, me fazendo ficar completamente arrepiado, e mais nervoso ainda. Fomos até a sacada, e nos sentamos na mesma.

─ Pode começar quando você quiser ─ Ele apertou as suas próprias mãos, as colocando em seu colo, enquanto me encarava.

Levei a mão até a minha garganta, dando uma leve tossida, passei a minha língua entre os lábios, e então fechei os meus olhos, começando a cantar.

─ It it cool that I said all that? Is it chill that you're in my head? Cause i know that it's delicate...

─ Você canta muito bem, garoto ─ Kyungsoo se pronunciou depois que eu terminei de cantar. ─ Se um dia você quiser ser um artista, aqui está o meu cartão

─ Pera, o que? ─ Me levantei, e assim que peguei o seu cartão, reli várias vezes a palavras "produtor musical".

Ele fez uma pequena reverência, e deu de costas para mim, abrindo a porta para voltar para a festa, e então o ruivo surgiu, com um sorriso em seu rosto.

─ Chanyeol você...

─ Sim, eu que chamei ele aqui ─ Colocou as mãos em seus bolsos da calça, e ficou em minha frente. ─ Eu ouvi você contando no banho, e achei incrível ─ Coloquei meus braços envolta de sua cintura, o apertando em um abração.

Ele estava fazendo tanta coisa por mim em tão pouco tempo, acho que esse garoto ruivo é a chave para a minha vida.

─ Eu queria perguntar uma coisa a você, posso? ─ Levantei meu rosto, encostando meu queixo em seu peito, enquanto o olhava. ─ Eu não sei se tá’ cedo ou não pra perguntar isso, mas, você quer ser meu namorado?

Eu já sábia a minha resposta, mas eu queria ficar um tempo o encarando, pois essa pessoa de quase dois metrôs de altura tem mudado a minha vida de um jeito absurdo. Eu nunca teria saído de casa se não por ele, eu provavelmente estaria em meu quarto, apanhando mais uma vez do meu pai.

─ Sim ─ Assenti, colocando meus pés em cima dos seus, e então segurando o seu rosto com as duas mãos, e selando os nossos lábios.

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