No vão

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No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero



Seis meses depois





X



Emma


Há quem diga que o tempo cura tudo, já não concordo com este grande pensador, o tempo não cura tudo, no meu caso não curou e com o tempo o vazio e o buraco em minha vida apenas foi aumentando. E parecia que dia após dia só machucava mais  e mais meu peito. E acho que passar todos esses meses sem nenhuma notícia dela ou do garoto era a  pior sensação da minha vida, não saber como ela estava, se estava bem, se ainda pensava em mim.

Pelo menos algumas coisas ficaram mais fáceis depois que descobrimos que o John na verdade era o um garoto que ela namorou no passado, minha mãe quase surtou mas eu tive um alívio pois ele era quem tentava amenizar as coisas por eu ser lésbica, ele me aceitava, e não estava nem aí para minha opção sexual, ele só queria que eu fosse feliz e graças a ele minha mãe estava movendo uma força tarefa para encontrar qualquer tipo de informação com compaias aéreas, de para onde Regina viajou a seis meses atrás, eu já estava perdendo as esperanças, faltavam poucos dias para o natal e logo ninguém ficaria trabalhando só para dar informações para minha mãe, Regina não queria realmente ser encontrada isso era fato. Nem Zelena sabia onde a irmã havia se enfiado.

- Ei loirinha - Ouvi a voz de John e me virei.

- Oi.

- Não pense tanto  querida.

- Ela está em  meus pensamentos todos os dias, não consigo controlar.

- Querida você precisa pensar em superar, pode ser que nunca encontremos ela.

- Eu preciso encontrar ela, se não for para ficar com ela eu preciso terminar isso, fechar logo esse ciclo para seguir adiante.

- Filha.

- Não tenho como trancar ela em uma caixinha, eu preciso ver ela antes disso entende ?

- Vou ajudar sua mãe nas pesquisas,  vamos achar Regina.

- Obrigada. - Ele me deu um sorriso enquanto apoiava a mão em meu ombro e logo saiu, fiquei ali olhando para o meu celular como eu desejava que do nada ela me ligasse e quisesse pelo menos me encontrar para me xingar, eu me sentiria melhor assim, as coisas fariam mais sentido do que simplesmente  ela sumir por aí sem deixar rastros.

Regina era o tipo de mulher que marcava de um jeito especial, não conseguia me imaginar mais sem ela em minha vida, ela me marcou de um jeito único, e eu só queria ter a oportunidade de me redimir com ela, pelo menos queria que ela ouvisse minhas desculpas isso já faria toda a diferença para mim.


X


Henry




Passar o natal onde moravamos seria uma experiência única, eu jamais vi neve tão de perto, tudo aquilo parecia um sonho, eu tinha uma mãe perfeita, uma casa linda, neve e uma árvore de natal maravilhosa e cheia de presentes.

Alaska era um lugar maravilhoso tirando apenas Lily, que eu detestava, eu estava sentado tomando meu café e ela estava na sala com minha mãe cheia de sorrisos para ela, aquilo me irritava, minha vontade era trancar ela em um armário e jogar a chave fora, mulherzinha chata aquela Lily.

- Querido já tomou o café ? - Lily me perguntou vindo em minha direção e revirei os olhos.

- Meu nome é Henry Mills, e não querido.

- Achei que fossemos amigos parceiro. - Ela falou alisando meu cabelo é tirei a mão dela dali e me levantei irritado.

- Achou errado, não somos amigos. - Sai andando e passei pela minha mãe que afagou os meus cabelos e me olhou.

- Querido o que eu  te ensinei ?

- A não mentir, a não ser falso e não ser hipócrita - Falei e ela deu risada.

- Você é bem espertinho né garoto.

- Sou seu filho - ela beijou a minha testa. - Não quero ela aqui no natal mãe.

- Querido eu já convidei ela.

- Passarei o natal em meu quarto. - Falei sério e subi as escadas antes que minha mãe falasse qualquer coisa, faltavam poucos dias para o natal e eu ainda tinha esperança de que Emma nos encontrasse e que ela é a mamãe se reconciliasem, esse era o meu único desejo de natal.

Eu estava bem distraído quando meu telefone apitou três vezes seguidas, estranhei aquilo é fui olhar, era uma notificação do Facebook, respirei fundo e deitei na cama com o celular na mão e quando abri parecia um sonho, era uma mensagem da Emma no Messenger, fiquei tão eufórico que eu mal conseguia abrir a mensagens, respirei fundo e abri.

- Garoto, eu espero que veja essa mensagem.

- Emma.

- Henry ?

- Sim, eu achei que nunca mais iria falar com você.

- Garoto estou a meses procurando vocês mais parece que Regina apagou qualquer rastro que leve a vocês.

- Ela fez de tudo para que você não nos achasse, ela ficou muito magoada com você.

- Querido sei que errei mais amo sua mãe e só quero concertar as coisas.

- No que depender de mim tá valendo, mas você tem que ser rápida, tem uma cobra querendo ela.

- Oi?

- Uma vizinha nossa vivi cercando a mamãe, ela quer ela.

-Garoto onde vocês estão?

- Sitka.

- Sitka? No Alaska?

-Sim no Alaska.

- Regina leva a sério as coisas quando quer sumir kkkk.

- sim,você vai vir pra cá ?

-Vou querido, mantenha a vizinha longe dela mais uns dias chego na véspera de natal.

- Tudo bem Emma. Estou feliz que nos encontrou e que vai vir para cá.

- Eu também garoto. - Fique conversando um pouco mais com Emma e ela me falou do novo namorado da mãe dela e que Morgana estava mais maleável com as coisas, acabei pegando no sono com o celular na mão, acordei com minha mãe me chamando e por sorte ela não mexeu no meu celular.

- Oi mãe - Falei esfregando os olhos.

- Querido temos que conversar.

- Pode falar mãe.

- Querido uma hora vou conhecer alguém sabe e você vai ter que se acostumar que não será a Emma.

- Mãe. A gente só conhece alguém quando já não tem mais ninguém no nosso coração você ama a Emma, seria injusto colocar outra pessoa ao seu lado.

- Querido uma hora vou esquecer ela.

- Porque quer esquecer ela ? Porque ela errou uma vez ? Mãe todos merecem uma segunda chance.

- Henry você não entende .

- Não entendo mesmo mãe, as pessoas passam a vida toda procurando pelo amor e você que encontrou prefere abrir mão por um simples tropeço dela.- Me levantei da cama um pouco bravo.

- Querido você é muito novo para entender.

- Não sou mãe, e sabe você tinha que aprender a dar valor ao que tem ou vai ter que aprender a sofrer pelo que você tinha. -Falei e sai do quarto furioso.

.....

Simplesmente Aconteceu - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora