Lei da Vida

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Emma






Se preparar para discursar, sempre era algo emocionante, mas discursar em um funeral, não era algo que alguém gostaria, e nem estaria preparado. Mas eu apenas subi diante de pessoas que ha amavam, respirei fundo, tomei um gole de água, e acariciei minha barriga, eu estava um pouco nervosa e o neném um pouco agitado.

- Boa noite a todos, bom eu decidi começar com um versículo que ela me falou ontem;  Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;” (Eclesiastes 3:1-4), ontem ela me falou esse versículo pela manha, ela pediu que me ligassem, e que eu fosse lá sem avisar ninguém, e eu fui. Chegando lá ela me disse que como eu já havia sido freira, para ela era o suficientemente perto de Deus para ela. - Dei risada ao lembrar do jeito dela.- Me fez escrever uma carta, para ler hoje, ela tinha certeza que ontem era seu ultimo dia, e todos nos queriamos mais tempo com Zelena, pedimos por mais tempo, mais ela estava sofrendo nos últimos dois meses e hoje tenho certeza que ela descansou. - Falei emotiva, abri a carta, e mais um gole de agua antes de ler. - olá, peço que por um momento todos vocês fechem os olhos, e tentem me imaginar na sua ultima lembrança antes deu estar internada... Esse é o jeito que quero que se lembrem de mim, bem, alegre, bonita e feliz. Sei que tudo pode ter parecido repentino, e sei que talvez não entendam mais foi melhor assim. Eu escrevi uma carta para cada um de vocês, e a Emma vai entregar todas ao fim do meu enterro, mas eu queria que ela lesse essas palavras principalmente para você, minha morena, minha queria Ruby, sei que deve estar culpando Deus essa hora. - Eu falava e Ruby chorava deitada no ombro de Regina. - Não o culpe, sei que não cumpri minha promessa de ficar para sempre com você, mas prometo que vou estar sempre cuidando de você e do nosso pacotinho que cresce dentro de você, não sei se ja contou a todos, mas cou contar então, quando piorei decidimos pegar um ovulo meu e colocar na barriga da Ruby, então de certa forma um pedacinho meu ainda está ai. - eu não conseguia imaginar a dor que minha amiga estava sentindo, em menos de um ano ela perdeu Dorothy e depois Zelena. - Sei que seu coração suportou muito mais do que muitos aguentariam. Mas quero pedir que não desista do amor, outras pessoas precisam conhecer essa pessoa maravilhosa que você é, outras pessoas precisam ter a dadiva de amar e ser amadas por você Ruby. - Continuei lendo, ate que finalmente conclui, e entreguei as cartas. Após o enterro fomos para casa, e eu estava bem cansada e com um pouco de dor. Me deitei e Regina ficou sentada na beira da cama.

- Que foi amor ? - Perguntei e ela se virou ainda na beira da cama, pegou meu pé e começou a fazer massagem.

- É que fico pensando, que se eu não tivesse ido embora, talvez tivesse dito mais tempo com ela.

- Você sabe que as coisas acontecem como elas tem que acontecer.

- Eu sei ... Mas... - Ela foi fazendo a massagem e subindo por minhas pernas. - Eu sei que não devo querer mudar o passado. - A cara de Regina havia mudado totalmente, e eu já sabia do que era aquele sorriso. - Mas eu daria tudo. - Ela se virou e veio meio que engatinhando beijando minhas pernas, as abriu ligeiramente e deitou entre elas e ficou de frente para minha barriga, a centímetros do meu sexo, que involuntariamente se contraia quando ela chegava tão perto. - para voltar naquela noite que me entreguei pra você.

- Voltaria porque morena?

- Para não ter pensado tanto e ter tocado você, ter sentido seu gosto, ter feito você ficar louca. - Ela falava e suas mãos passavam em minhas coxas. - Ai hoje eu não estaria ansiosa para ter um primeiro contato, eu só estaria com saudades de ter você outra vez. - Ela subiu e veio para perto me beijar. Minha gravidez era de risco e descobrimos isso ainda no Alaska apos um sangramento, então sexo era algo fora de cogitação. Mas tanto ela quanto eu sofriamos com isso pois o desejo era gigantesco, mais logo nossa pequena nasceria e poderiamos matar aquela vontade louca.

- Eu te quero tanto Regina, e quero muito ser sua em todos os sentidos.

- Pode deixar que vou cobrar senhorita Swan Mills. - Os meses passaram bem rápido, voltamos assim que possível, nos casamos em uma cerimonia pequena, e então tudo aconteceu, mais agora eu já estava com sete meses e logo poderia segurar nossa filha no colo e não ficar tão preocupada. - Mudando de assunto, estava pensando em chamar Ruby para morar aqui, sei que ela está lá no quarto de hospedes agora, mas não ha quero como convidada, acho que seria bom ela morando aqui.

- Estou preocupada com ela, muito na verdade, não sei como está a cabeça dela, em um ano ela perdeu duas pessoas, tudo bem que Dorothy ela não amava como amava Zelana, mas mesmo assim mexe com a pessoa.

- Estava pensando tenho um amigo, psicólogo, talvez seja bom para ela, para não entrar em parafuso. - Regina falou e som de limpar a garganta nos interrompeu.

- Em parafuso ainda não entrei, mas posso prever que vou entrar, e desculpa ouvir atrás da porta, mas eu aceitaria ficar aqui mais tempo, eu não quero ficar em casa, lá tudo me lembra Zelena, e eu preciso ficar bem por causa do bebê. - Ela falava chorando e Regina fez sinal e ela deitou entre nos duas, e abraçamos ela e ficamos fazendo carinho nela.

- Vai ficar tudo bem. - Falei e ela apenas assentiu com a cabeça.

- Acho que vai ser uma boa o medico também Regina. - A morena se levantou, anotou algo e voltou para cama e entregou para Ruby. - Obrigada.

- Somos uma familia, e temos que cuidar uns dos outros. - Regina estava absolutamente a e confesso que eu adorava a familia que construí em tão pouco tempo.

Simplesmente Aconteceu - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora