Acordo sem saber onde estou, meu corpo está doendo e minha cabeça latejando, entro em estado de pânico e as enfermeiras tentam me acalmar. Chamam o médico e quando vejo esse homem de trajado e lindo entrando, sinto algo estranho dentro de mim.
Conforme vamos conversando, vou me acalmando. Ele é como uma mistura de adrenalina, endorfina e seratonina.
Ele foi querido e cuidadoso. Logo após, trouxe o bebê e não sei porque via no meu filho um pouco dele. Na verdade muito. É até estranho.
Ele passou várias vezes no meu quarto durante o dia. Perguntava se tava tudo bem, se precisava de alguma coisa, como estava me sentindo, se eu conseguia lembrar de algo.
Meu filho precisava de um nome, ele não seria bebê para sempre. Entre uma conversa e outra, eu escolhi por o nome do médico que salvou a minha vida e a do meu filho.
Também não sei como explicar mas eu tenho a impressão que eu já conheço. Eu tento algumas vezes esforçar minha mente em buscas de lembranças mas nada, é como se estivesse iniciando minha vida a partir do momento que abri os olhos.
Olhava para o rostinho do meu filho que é a coisa mais linda que já vi, meu Joãozinho. As enfermeiras me aconselharam a dar de mamar, no começo foi uma sensação estranha um pouco doloroso mas aos poucos vou me acostumando. Ele é um bebê pequeno e por mais prematuro que tenha nascido, tem um bom peso, nem precisar ficar internado. Ele é um guloso, passa muito tempo mamando, mas depois que enche sua barriguinha ele dorme feito anjo.
O médico foi muito gentil fazendo o favor de ir até minha casa, que eu nem lembro onde é, nem como é. Ele volta com nossas bolsas, diz que estará de folga pelo fim de semana. Sinceramente, não é só porque ele é bonito, gentil e sim, porque tem algo a mais que eu não sei explicar, e isso é o que me faz não conseguir parar de pensar nele. As vezes me pego lembrando do seu sorriso maravilhoso, os seus olhos castanhos com um verde encantador...Como fiz cesárea e precisava de cuidados, não pude dar o primeiro banho de João mas de longe admirei a perfeição de seus pés pequenos e de suas mãos delicadas, seu corpo vermelhinho. Ele podia ser confundido com um bonequinho, dá medo de tocar e o machucar de tão pequenino e frágil que é.
Os dois dias no hospital foram chatos, deitada na cama sem poder fazer nada, as enfermeiras são muito antipáticas, senti falta do médico que sempre aparecia para conversar comigo, com ele eu me sentia a vontade como se fossemos conhecidos, era como estar no meu lar, minha alma conhecia a dele de algum lugar.Segunda de manhã fico esperando por ele, tomo meu café, dou de mamar para João e nada do doutor. Com certeza, com um final de semana fora, ele teria muitos pacientes pra ver e eu sou só mais uma ma sua lista.
Parece que desse jeito o tempo não passa, a fome e a cede é constante, já Joãzinho só mama e dorme, vidinha boa desse meu filho. As vezes eu o toco só para ter certeza que ele está vivo, dorme tanto que da impressão que nem respira. Me falaram que é normal recém nascido dormir bastante, ainda prematuro porque dorme bem mais.
Depois do almoço, eu adormeço, ser mãe de um recém nascido é muito cansativo e eu estou começando agora...Sou acordada por uma voz que eu conheço mas ainda não consigo ligar a pessoa, seus olhos tentam me dizer alguma coisa, eu posso sentir, o que eu posso é decifrar.
- Boa tarde Maryah, como foi o final de semana?
- Boa tarde doutor, na verdade foi chato sem você aqui... Eu o respondo a verdade, o que eu poderia fazer aqui no meu estado? Chega a ser uma pergunta sem fundamento mas sei que é por educação.
- Sério? Porque?
- Só o senhor que me cuida com carinho e conversa comigo, os outros são tão frios. Ele da um sorriso tão bonito que eu me encanto.
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Primeiro olhar
RomancePLÁGIO É CRIME! PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. CONTÉM PALAVRAS ILÍCITAS, VIOLÊNCIA E CENAS DE SEXO. Quando nós trocamos o primeiro olhar, o meu coração pediu pra se apaixonar! Será que existe mesmo esse amor ao primeiro olhar? Maryah, é uma jove...