• Sixteen

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Matthew Espinosa

Quando o Taylor me mostrou aquela música brasileira, eu achei aquela batida muito empolgante e não consegui segurar a vontade que meus quadris estavam de se moverem. Aquilo estava tão legal, que nós não vimos que tinhamos platéia.

Ser o centro das atenções pelos motivos errados era uma experiência constante no meu dia a dia, ás vezes não era agradável, principalmente quando eu fazia algo constrangedor. E ver a maneira que as meninas nos olhavam, o Cameron sentado no chão com a mão na barriga gargalhando, e chorando de tanto que ria, não era muito agradável. Principalmente porque a Jujuba estava me assistindo naquela cena ao lado de Taylor, e não é nada legal ver que a garota que você estava afim, te olhava de uma maneira estranha. E quando ela começou à gargalhar não me ajudou muito.

Minha pele ficou quente e suada, fazendo-me ter vontade de enfiar a cabeça na areia. Taylor parecia não estar muito diferente, seus olhos estavam arregalados assim como os meus, e ele tentava explicar mas nenhum som saía de sua boca. Eu alternava meu olhar entre a cara de otário dele e do pessoal que morria de rir.

E eu sabia muito bem que o melhor naquela situação era seu eu começasse à rir junto com eles, mostrando que eu não estava muito envergonhado com aquilo. Foi exatamente o que eu fiz, comecei à gargalhar e no final aquilo tudo não parecia mais tão constrangedor. Só que o Taylor continuava da mesma maneira, estático. O som do home theater já tinha parado, e nós não podíamos mais ouvir a batida da música.

— Uhn... Acho melhor descermos senão a comida vai esfriar. — Taylor disse levando à atenção para ele.

— Você está envergonhado. — Lexi disse gargalhando mais ainda.

— Eu não.

— Olha, as bochechas deles estão vermelhas. — Cameron disse se contorcendo no chão de tanto que ria.

A vontade que eu tinha de esfaquear o Dallas era imensa. Ele nem para nos ajudar naquela situação, ainda mais que tinham as garotas ali. Mas esse Cameron ia me pagar depois.

— Não é nada disso que vocês estão pensando. — Caniff continuou balançando as mãos e negando com a cabeça de olhos fechados.

— Mas o que é que nós estamos pensando? — Julia perguntou tentando controlar a risada, em vão.

— Nós só estávamos dançando. Apenas isso. — Taylor continuou à se explicar, e nesse momento eu estava começando a ficar constrangido novamente.

— A dança do acasalamento? — Dallas perguntou gargalhando mais ainda.

— Ah, eu não tenho que ficar aqui explicando nada para vocês não. — Caniff se estressou saindo apressado da sala, esbarrando sem querer nos ombros das meninas.

— Eu também não tenho que ficar aqui não. Tchau. — respondi correndo atrás dele.

— Eles vão continuar a parada em outro local. — ouvi a voz de Cameron de longe e sua gargalhada histérica.

Eu saí correndo daquela casa sem ter sinal do Taylor. Quando eu cheguei na rua, eu senti o vento gelado bater contra meu corpo e corri pra minha casa, que era logo à frente.

Sammy Wilk

O que você faz quando um de seus amigos age como um completo babaca? Eu não sabia o que fazer à respeito do Gilinsky. Tentei dar um gelo nele, e consegui, e ainda conseguiria se suas atitudes não estivessem me deixando magoado. O Jack J não queria mais nem conversa com ele, nos últimos dias que antecederam a festa e a briga, ambos não trocavam nenhuma palavras mais. Continuam trabalhando juntos, mas nada amigável, era tudo profissional. O G até tentava algum contato mais pessoal com o J, mas ele não dava corta e o cortava no mesmo instante.

O clima estava muito, muito tenso. E eu já não sabia mais o que fazer. Cansei de quebrar a cara com ele e dizer o quão errado ele estava. Não adiantava nada, ele não me escutava. E sempre dizia que Madison era uma boa garota e que nós que queríamos jogar os dois um contra  outro. Desde quando uma pessoa que te trai, aproveita da sua fama, fica com você apenas por dinheiro, é uma pessoa boa? Quando esse otário abriria os olhos e acordaria?

Eu estava tentando relevar e não ficar com tanta raiva dele assim, afinal as escolhas não eram minhas, a vida não era minha. O máximo que eu podia fazer era tentar ajudar, o que não estava dando muito certo. Só que ontem ele fez uma grosseria comigo e eu retribui à altura e o cara ficou lá resmungando falando que eu estava com tpm... Fico aqui me indagando se ele não percebe as grosserias que ele faz, as atitudes de moleque que ele vem tendo, as imbecilidades... Por mais que eu ou o Johnson falássemos alguma coisa sobre o modo que ele vinha nos tratando, e agora trata apenas à mim, ele não percebia o tanto que estava sendo um escroto.

O Nate nunca falava absolutamente nada sobre nada disso. Mas também, nem podíamos contar muito com ele, o cara vivia no mundo da lua, e desde que dormiu com a Grace na festa do Cameron, ele não larga o pé da garota.

Agora, eu estava indo até o estúdio em pedido do Johnson, ele não queria ter que ficar sozinho com o Gilinsky por lá. Ainda estava muito bravo e não saberia se aguentaria sem socar a cara do mesmo. E quando eu cheguei lá, tive uma belíssima supresa. Advinha quem estava lá? Isso mesmo, a cerveja estragada. Madison.

— Achei que isso aqui era um lugar para trabalhar com música, não um puteiro. — resmunguei ao ver aquele filhote de cruz credo sentada no colo do G.

— Respeito com a minha mulher. — Jack respondeu sério apontando o dedo pra mim.

Johnson que estava em outro sofá, apenas revirou os olhos.

— Escuta o que eu estou te dizendo, essa mulher ainda vai foder com a sua vida. — apontei o dedo de volta para eles.

— Ei! Eu estou aqui. — Madison ralhou com raiva. Odiava escutar a voz daquela garota.

— Claro que você está aqui, peixe tem um cheiro forte, e piranha não cheiraria diferente. — respondi vendo-os me encarar seriamente.

— Eu escutei o que você disse. — Madison falou outra vez.

— Sim, eu sei. Eu falei para você ouvir mesmo, afinal se eu quisesse que isso fosse segredo, eu o chamava lá fora e conversava as sós com ele.

— Chega, Sammy. — Gilinsky colocou a cervejinha sentada no sofá e se levantou. — Vamos conversar lá fora. — ele saiu da sala e fui bufando atrás.

Deixamos Johnson e Madison sozinhos dentro da sala, algo errado não daria certo.

— Por que você trouxe essa garota aqui? — perguntei assim que ele fechou a porta atrás de nós.

— Porque ela é minha namorada. — respondeu como se fosse óbvio.

— Por que você fez isso com a Lay? Por que dormiu com um pessoa querida nossa e depois descartou como se fosse lixo? Ainda mais sabendo o que ela sentia por você. — questionei, aquilo era o que mais me deixava irado.

— Eu não gosto dela, Sammy. Nunca prometi amor à ela. — respondeu bufando. — Você e o Johnson devem aprender à aceitar as minhas escolhas. Eu amo a Madison e quero ficar com ela.

— Você vai quebrar muito a cara, Jack. E eu quero estar por perto para aplaudir de pé quando essa puta terminar de foder com a sua vida. — falei com mágoa na voz.

— A Madison me ama. Ela nunca me decepcionaria.

Eu estava com nojo. Não aguentava mais ouvir aquilo. Sendo assim eu entrei de volta na sala sem respondê-lo e avisei ao Johnson que não tinha estômago pra ficar ali, o mesmo disse que também não e fomos embora juntos.

Agora, a coisa que eu mais queria nessa vida era que o Gilinsky caísse do seu pedestal, e que a queda fosse feia.

Broken || MagconOnde histórias criam vida. Descubra agora