• Sixty Three

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Esse capítulo contém hot, se não gosta, não leia.

Lay McCartney

Fiquei um pouco surpresa quando o Gilinsky me chamou para jantar em sua casa. Ele não era o tipo de pessoa que fazia a linha de jantares românticos. Na verdade, ele não parecia nada com uma pessoa romântica.

Mas me enganei quando cheguei em sua casa naquela noite. Ele já começou me dando flores, e depois me levou até uma mesa muito bem arrumada com velas, pratos e talheres alinhados, taças de vinho, tudo muito bem arrumado.

Estranhei tudo aquilo. Não era do feitio do Gilinsky ser romântico daquela maneira, mas ele estava sendo. E muito. Eu suspeitava que tudo aquilo não deveria ser obra dele. Alguma ajuda ele deveria ter tido.

— Espero que goste. — disse ele, sorrindo antes de puxar a cadeira para mim sentar.

— Você fez tudo isso sozinho? — perguntei, enquanto ele servia um pouco de vinho tinto em nossas taças.

— Se estiver bom, sim. Se estiver ruim, Maya e Katherine fizeram sozinhas. — ele respondeu sorrindo, e depois se sentou de frente a mim.

Neguei com a cabeça, sorrindo. Sabia muito bem que ele não tinha capacidade nenhuma para fazer aquilo tudo sozinho. Não era nenhum pouco da personalidade dele ser romântico daquela forma.

Conversamos sobre coisas aleatórias, nada sobre nossa relação, essa que ainda não existia. Mas eu queria muito que existisse. Queria fazer ele me conquistar. Porém, ele já havia me conquistado. Queria me entregar por inteiro para ele. Com toda a minha alma e meu coração.

Comemos a lagosta que eles haviam preparado, com arroz e purê de batata. Estava uma delícia. É o papo ainda não havia saído daquela coisa normal. Falávamos apenas sobre nossos trabalhos, nossos amigos, nosso dia a dia, nada demais.

Digamos que parecia que nós estávamos nos conhecendo novamente. Era exatamente isso que estava parecendo mesmo.

— Lay? — ele me chamou, parecendo um pouco receoso, enquanto passava as mãos por cima do pano da toalha de mesa desesperadamente.

— Sim?

Eu também estava soando frio. E soei mais ainda quando o vi se aproximar de mim, e se ajoelhar na minha frente. Gilinsky segurou minha mão e me encarou, olhando diretamente no fundo dos meus olhos. Como se pudesse enxergar a minha alma e decifrar todos os meus sentimentos e pensamentos com apenas um singelo olhar.

Senti um frio correr pela minha espinha, e minha pele se arrepiou por inteiro. Meu coração estava palpitante, e parecia que havia um enxame de abelhas dentro do meu estômago. Parecia que eu ia explodir de tanto sentimento que estava embolado um no outro.

— Eu queria te pedir uma coisa... — ele suspirou fundo, e abaixou o olhar. Parecia envergonhando.

— Olha, eu sei que você quer desesperadamente se casar comigo, mas eu sinto te informar que ainda somos muito jovens para tal ato. — brinquei, vendo-o soltar uma risada baixinha.

— Não descarto a possibilidade de de nos casarmos, porque é uma possibilidade muito grande, muito grande mesmo... Mas como você disse, somos jovens para tal ato. Mas quem sabe em dois anos isso não mude, uhn? — respondeu ele, dando um sorriso enquanto acariciava meu rosto com o dorso de sua mão e ainda me olhava fixamente.

Senti minha bochechas queimarem, e a vergonha se alastrar por todo o meu corpo. Esse era apenas um dos efeitos que Jack Gilinsky tinha sobre mim. Um dos milhares.

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