• Seventeen

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Julia Wright

Outra festa. E eu fui obrigada à ir nessa novamente, mas dessa vez quem me arrastou foi o Matt. Não era novidade para ninguém o quão eu odiava festas. Para mim aquilo não era nada mais que um lugar onde todo mundo se agarra e se lambe com todo mundo, agindo pior que qualquer cachorro que se encontra na rua. Onde os sentimentos são deixados de lado, além da auto-estima.

Para mim festas são horríveis... Não encontro a lógica de ficar berrando, e dançando, pulando uns em cima dos outros, se enrolando com desconhecidos ao som de uma música barulhenta... Simplesmente odeio festas.

Eu não me sinto muito bem com pessoas que eu não conheço. Prefiro mil vezes ficar em casa fazendo uma maratona de Grey's Anatomy. Preferia rir com as maluquices da Christina, ela somente a interna mais engraçada de todas. E na maioria das vezes, nem é por querer. Me identifico muito com ela, já que nosso nível de paciência e sarcasmo é quase o mesmo. E apesar de ser um muito frio e insensível, isso é só disfarce. No fundo, ela é um amor! Então, quais motivos eu não estou em casa, ou melhor no Hospital Memorial Grey-Sloan, e estou aqui nessa festa estranha? Porque o idiota do Matt foi até a casa do Cameron e me arrastou até aqui.

— Você quer beber alguma coisa? — perguntou ele para mim assim que entramos na casa do Taylor. Parecia que nós éramos os primeiros à chegar, pois não tinha quase ninguém ali.

— Você sabe que eu não bebo.

— Mas você bebe refrigerante, jujuba. — ele disse me chamando por aquele apelido ridículo que ele inventou.

Nessas últimas semanas que eu estive na casa do Cameron, eu me aproximei um pouco mais do Matt, ele era uma pessoa legal, e estava me ajudando à estudar para o meu teste. Ele até que era um cara legal, apesar de ser idiota, tipo muito idiota mesmo. Mas uma coisa que eu percebi, era que ele nunca tentava ser engraçado. O jeito dele era engraçado, o modo em que ele andava, o jeito de falar, seus gestos e suas manias, isso que era engraçado. Porque ele não era daqueles que se esforçava para fazer graça, ele simplesmente fazia.

— Ainda não tem ninguém aqui. — disse olhando em volta da sala de estar, onde haviam apenas a Karol, que parecia emburrada, olhando alguma coisa no celular.

— Taylor pediu para virmos mais cedo. — ele respondeu dando de ombros.

— Estamos uma hora atrasados. — disse fazendo uma careta.

— Eu vou lá em cima chamá-lo. — ele disse subindo as escadas logo em seguida.

Enquanto isso eu me sentei ao lado da Karol, esperando mais alguém aparecer.

• Taylor Caniff

Não precisa de motivos para dar um festa. Eu simplesmente dava, e certamente lotava de gente, até mesmo com pessoas que eu não conhecia. Eu pedi o idiota do Matt para aparecer mais cedo para me ajudar em algumas coisas, eu só não contava que a maluca da Lexi também chegaria mais cedo e me arrastaria para o quarto.

Essa mulher era completamente louca. Insana. Ela disse que não me queria mais, porém, vive atrás de mim. Da pra entender uma pessoa assim? Essa maluca disse que tinha arrumado outra pessoa e que achava que daria certo, então por quais motivos ela estaria naquele segundo me agarrando como se estivesse desesperada?

Além da confusão que ela fazia na minha cabeça, eu simplesmente não conseguia entender porque raios ela agia dessa maneira.

Ela me beijava de uma maneira urgente, minha boca devorava a sua, nossas línguas estavam se enroscando e explorando nossas bocas. Sentei-me na beirada da minha cama, puxei-a para meu colo, fazendo-a abrir as pernas ao se sentar, com uma perna de cada lado do meu corpo, assim sua saia subiu até o seu quadril.

Lexi arranhava a minha nuca e puxava os meus cabelos, enquanto eu passeava com as minhas mãos em suas coxas e costas. Eu estava começando a ficar existido e sabia que ela podia sentir minha ereção, mesmo com o jeans da calça, contra a sua calcinha.

Lexi deu uma rebolada contra o meu membro, fazendo-me gemer e beija-lá com ardência. Levei minha mão direto para as suas nádegas redondinha e a puxei para mais perto. Ergui meu quadril investindo contra ela. Eu não fazia ideia de que podia ficar tão excitado com ela se esfregando contra mim.

— Taylor... — ela sussurrou meu nome parando o beijo.

— Lexi... — gemi em seu ouvido.

— Eu tenho que terminar de me arrumar. — ela parou seus movimentos e se levantou do meu colo, deixando-me com cara de idiota.

Lexi só tinha colocado sua roupa, ainda faltava o resto de sua produção, mesmo eu achando que ela ficava estonteante sem maquiagem, ela achava o contrário.

— Você vai me deixar assim? — perguntei arregalando os olhos e apontando para a ereção no meio das minhas pernas.

— Você tem duas mãos, Taylor. Use-as. — Lexi deu um sorrisinho sínico e saiu do meu quarto.

Eu tinha certeza absoluta de que aquilo era alguma vingança dela. Safada! Me deixou na mão, literalmente.

E o maior problema que eu tinha ali era que eu não podia me aliviar de maneira nenhuma. Em alguns minutos a minha casa encheria de gente, e como eu era o anfitrião, não podia deixar de estar lá na hora que as pessoas começassem a chegar. Então dessa forma eu tinha que arrumar alguma forma de broxar. Mas o que me broxaria? Já sei.

— Vai lá, Taylor! — sussurrei para mim mesmo, aquilo estava começando à doer. — Imagina o Matt de calcinha de renda vermelha, com meias 7/8, as pernas cabeludas, te chamando de Daddy... Apenas imagina...

Esperava que aquilo me aliviasse.

Matthew Espinosa

O desgraçado me chama para chegar mais cedo em uma festa, e nem está lá quando eu chego. Vê se pode uma coisa dessas?

Eu subi as escadas rápido e encontrei a Lexi saindo quarto do Taylor, mas parecia que ela nem tinha me visto. Achei que eles não estavam mais se pegando, maluquice.

A porta do quarto dele estava entreaberta, e o que eu escutei ele sussurrando algumas coisas. Arregalei os meus olhos quando ouvi as suas palavras e vi o que estava no meio de suas pernas.

Eu desci as escadas completamente espantado, e quando cheguei na sala estavam, Nash, Cameron, Karol, Julia e Nate conversando. Todos eles me olharam curiosos pela minha feição. Minha boca estava aberta e meus olhos estavam o mais arregalado possível. Eu conheço o Taylor há anos, como nunca imaginei os sentimentos dele por mim?

— O que foi, Matt? Que cara é essa? — Grier perguntou me olhando estranho.

— O Taylor quer me comer.

Broken || MagconOnde histórias criam vida. Descubra agora