Broken || Magcon

• Thirty Eight

Nesse capítulo vocês vão enxergar eu no Matt! :) Eu amo vocês!

• Matthew Espinosa

Depois da discussão entre a Karol e o Gilinsky o clima ficou um pouco pesado dentro daquele mínimo apartamento. E bota mínimo nisso.

No decorrer da semana, nós tivemos que nos embolar tudo em cima um do outro na sala de estar, e alguns na cozinha, literalmente. Grace dormiu no quarto junto com a Helena, enquanto a Aria dormiu com a Julia. Eu, Karol e Shawn dormimos na sala, e Cameron, Gilinsky e Nate se ajeitaram na cozinha, com alguns colchões que tivemos que comprar. No primeiro dia foi horrível, pois nós ficamos totalmente sem lugar para dormir, e segundo a Julia ela tinha arrumado aquele apartamento minúsculo pois era suficiente para ela e Helena, e a mesma não esperava mais visitas.

Os meninos, o que incluía a Karol, ficavam me zuando por causa do meu interesse claro na Julia. Mas o que eu poderia fazer se eu estava gostando dela? Desde daquele dia em que a vi na festa do Cameron, eu achei ela uma garota encantadora, mas a mesma nunca me deu bola, e sempre me viu como um amigo. Talvez ela não me levasse a sério, por eu ter esse jeito meio brincalhão.

Eu sempre me considerei uma pessoa divertida, sempre brincando e consigo brincar mais ainda com pessoas que eu gosto. Tenho o hábito de fazer as pessoas sorrirem e sempre tentar descontrair com brincadeira e risadas, e eu gosto de ser assim, mas algo tem me incomodado e muito, é que as pessoa nao me levam a sério, e muitas vezes falo sério e elas poucam dão ouvido e parecem não se importar com as minhas opiniões. Mas o que eu posso fazer se sou assim? Não posso mudar meu jeito para agradar terceiros, por mais que eu ja tenha tentado muito ser diferente, ser como as pessoas queriam que eu fosse, mas não rola de jeito nenhum.

Então, era por esse motivo que eu tinha certeza que a Julia nunca levava as minhas investidas a sério, e eu estava começando a ficar cansado disso.

Deixando um pouco do meu dilema de lado, nós estavamos reunidos na cozinha, não tinha muito o que fazer. Julia estava na gravação da última parte de Supernatural, e o Canadá não era, como posso dizer isso sem ofender os canadenses? O país mais legal do mundo...

— Karol, você pode me dar mais um pedacinho? — implorei, fazendo biquinho e unindo as minhas mãos.

A irmã do meu melhor amigo abriu um largo sorriso e balançou a cabeça. Karol sabia ser um bolinho quando queria, mas era uma naja venenosa também. E falar em bolinho, a garota tinha feito um delicioso bolo de sorvete, e esse já era o meu quinto pedaço. Certamente eu iria ficar trancado no banheiro mais tarde.

— O último, ok? — respondeu ela, colocando mais um pedaço de bolo no meu prato.

— Isso está maravilhoso. — disse, parecia com comida dos deuses.

— Eu sei. — disse ela, com largo sorriso no rosto. Nenhum pouco convencida, não é mesmo?

— Pra que você foi elogiar? Isso é irmã do Taylor, meu filho. Não vai esquecer nunca mais que você disse que algo que ela fez é bom. — disse Cameron, me repreendendo com a boca cheia de bolo.

— Não é como se ele estivesse mentindo mesmo. — respondeu Aria, dando de ombros.

— Helena, a sua irmã e o Johnson estão namorando? — perguntou Shawn, que estava sentando no balcão ao lado da mais nova da turma, ele estava olhando diretamente para ela, e eu tinha certeza que havia algo a mais ali entre eles.

Helena deu de ombros.

— Eu não sei. Não conversei com ela nessa semana.

Passei o olhar por todos os presentes na cozinha nesse exato momento, vendo Nash fechar a cara, Aria murchar os ombros, Gilinsky fazer uma careta, e Karol, Nate e Grace não demorstraram reação nenhum.

— Ela tambem não falou nada comigo. Desde que esse babaca aqui terminou com ela, que nós estamos um pouco afastados. — disse Dallas, dando um sorriso fraco e apontando para o Nash.

— Cala a boca, Cameron. — Grier resmungou, colocando o queixo em cima do balcão de mármore. Ele estava sentado de frente para mim.

— Eles só estão ficando. — respondi, sem olhar para nenhum deles, concentrado em comer o meu bolo. Aquilo estava realmente muito muito bom. Acho que vou até contratar a Karol como minha cozinheira particular.

— Como você sabe disso? — perguntou Cameron.

— Eu conversei com a Blue, e ela acabou comentando. — dei de ombros, finalizando o meu bolo. Queria mais, só que se eu pegasse, era capaz da Karol cortar a minha mão fora. Ela era meio bruta. — Nós dois estamos arrumando as coisas para a nossa festa de aniversário.

— Vai ser o que esse ano? Cerveja, doritos e basquete na tv? — ironizou Dallas, soltando uma risada.

— Posso levar um pouco de maconha se isso ai não for o suficiente. — disse Nate, era por isso que eu gostava daquele cara.

— Nathan, fica de boca fechada. A sua voz me dá dor de cabeça. — disse Grace, fazendo uma careta e colocando a mão na cabeça.

— As suas festas são uma merda todo ano, Matt. O que mudaria esse ano? — perguntou Nash.

— Eu gostei da festa do ano passado. — disse Aria, com a voz baixa.

— Foi uma bosta. — comentou Gilinsky.

— Por que vocês estão reclamando mesmo? — perguntou Nate, fazendo todo mundo olhar para ele. — Se tiver comida, bebida, maconha e Gracinha para mim é o suficiente.

Sério mesmo que era isso que meus amigos acham de mim? Que eu não era capaz de fazer uma festa boa? Se sim, eles estavam muito engandos. E eu iria provar isso. Vou fazer eles engolirem todas essas palavras ofensivas que despejaram sobre mim nessa cozinha.

• Grace Davis

Adiantava eu correr do Nathan? Não. Onde eu estava ele aparecia atrás de mim como uma praga, nunca me deixava em paz. Eu já estava começando a ficar cansada disso.

E foi no último dia, quando nós estavamos prontos para irmos para casa, apenas esperando o táxi que foi chamado por Shawn chegar, que ele veio até mim, e parecia decidido.

— Olha aqui... — disse, segurando o meu braço com delicadeza, e me fazendo olhar em seus olhos. — Eu já tentei de mil maneiras te conquistar, te dei toda a minha erva, te tratei como uma princesa, mas você fica me esnobando e me tratando como um lixo. O que mais você quer que eu faça, Grace? — perguntou com seu tom de voz firme, e se eu não me engando, aquela era a primeira vez que ele falava o meu nome. — Quando você vai perceber que eu estou apaixonado por você de verdade?

Apaixonado? Sério mesmo? Ninguém nunca se apaixonou verdadeiramente por mim, e eu não sabia se ele estava dizendo a verdade? E agora, o que eu deveria fazer?

Fiquei encarando suas orbes verdes, sem saber o que dizer, ou o que fazer.