• Maya Reed Jones
Eu estava bastante chateada com o Hayes. Acho que a palavra chateada ainda não define o que eu realmente estava sentindo em relação à ele. Eu estava possessa de raiva, mas ao mesmo tempo estava cuidando com o maior cuidado dos ferimentos deixados em sua pele, que não eram poucos.
— Ai! Isso tá doendo! — reclamou ele, fazendo um careta de dor quando eu passei o remédio no corte em seu supercílio.
— A vergonha na sua cara deveria estar doendo muito mais. Onde já se viu um cara, que não é mais criança, agir como tal? Quantos anos você tem mesmo, Hayes? Cinco? Porque é o que está parecendo. — bufei, continuando a passar o algodão com o anti-inflamatório por sua pele.
— Para de brigar comigo! — ralhou.
— Não vou parar não. Você precisa escutar para entender que você não pode fazer as coisas com outras pessoas, como você fez, sem saber a verdade por trás disso primeiro. Nem se você não soubesse, Karol não é um problema seu. Não é nada da sua conta. Quem tem que resolver as coisas com ela é o Aaron, e você não tem que se meter no meio disso.
— Mas ele é meu amigo... e eu...
— Não quero saber se ele é seu amigo ou deixa de ser. Não perguntei nada. Só estou dizendo, e deixando claro, que você vai pedir desculpas para a Karol e para o Taylor hoje ainda.
— Mas eu...
— Nada de mas! — disse, com um tom de voz mais severo, pra ver se ele entendia logo o que estava falando. — Eu irei terminar de limpar seus machucados e você vai tomar um banho, depois disso nós dois vamos até eles e você vai se desculpar, com sinceridade. Se eu ver que você foi falso, eu termino de acabar com você.
— Tudo bem. — ele suspirou, levando as mãos para as minhas pernas desnudas. — Mas pelo menos terei uma recompensa depois disso? — sorriu com malícia.
— Sua recompensa é eu não fazer uma greve, e não terminar com você. — sorri, debochadamente.
Ele bufou retirando suas mãos de minhas pernas, e cruzando seus braços. Nem adiantava ele vir reclamar comigo, já fiz muito de ainda continuar com ele depois de tudo o que aconteceu. Se eu não gostasse dele de verdade, eu tinha chutado a bunda dele.
Mas eu faria ele se desculpar por tudo, até se humilhar se fosse necessário.
• Helena Wright
Julia ainda estava uma fera comigo. Por parte, era um pouco de exagero dela, mas eu ainda entendia os seus motivos para elas estar irada. Ela se preocupava comigo, verdadeiramente.
— Eu não acredito que você viajou sem avisar! — ele gritou, batendo as mãos no balcão da ilha da cozinha. — Você é louca, Helena. Ainda é de menor, você tem noção do que fez?
— Mas não foi nada demais. — retruquei, fazendo um biquinho.
— Nada demais? Você falsificou a assinatura da nossa tia na autorização para você viajar!
— Eu não falsifiquei. Ela mesmo que assinou, ela só não sabia o que estava assinando.
— Você tem noção do que você fez? Você ultrapassou todos os limites dessa vez, Helena. — Julia disse, bravíssima. — Eu vou ligar para a Blue e resolveremos isso.
Ela saiu me deixando sozinha na cozinha. Eu nem havia feito nada demais. Só estava cansada de ficar sozinha em Londres. Aquela cidade é grande demais para uma garota solitária demais com eu.
O que eu fiz foi esperar minha tia voltar de um plantão de 50 horas do hospital e pedi para ela assinar um documento para mim. Era uma autorização para eu poder viajar sozinha, e eu iria assim que a mesma fosse trabalhar novamente, e voltaria antes dela voltar para casa. Era uma forma de ninguém saber que eu tinha saído, mas eu não contava que o universo me odiava tanto para fazer eu encontrar com a Julia na rua.
Eu nem contava que iria encontrar com o Shawn, mas encontrei com ele também, mas pedi para o mesmo não contar para ninguém que eu estava aqui, e ele prometeu não dizer nada e acabou me chamando para ir comer alguma coisa com ele.
Estava tudo dando certo até então, eu ia passar um dia em LA, e ainda ia dar uns pegar no crush, e depois voltaria para casa como se nada tivesse acontecido. Mas a vida resolveu brincar com a minha cara.
Passou alguns minutos até que minha irmã entrasse na cozinha acompanhada com o namorado e com a minha outra irmã. Já estava esperando o sermão que ouviria da Blue, mas para o meu azar, na verdade sorte, não foi isso que aconteceu.
— Helena, você quer tanto viver em Los Angeles assim? — perguntou ela, com a voz serena, se sentando do outro lado do balcão.
— Quero! — aquela palavra saiu como um grito sem querer. — Quero muito. — disse, agora com a voz mais baixa, esticando minha mão para pegar a mão dela.
— Ok. — ela suspirou, olhando para Julia e depois desviando o olhar novamente para mim. — Você vai voltar para Londres hoje ainda.
— Mas... — tentei retrucar, mas ela me cortou.
— Vai arrumar todas as suas coisas, e voltará novamente para cá. — disse, suspirando e olhando para Julia. — Ju, arruma suas coisas também. Nós vamos para a minha cara, ela já está pronta.
Julia apenas assentiu, sem contrariar, e deixou o recinto. Provavelmente ela deveria estar indo arrumar suas coisas.
— Muito obrigada, Blue. Você não vai se arrepender disso. — disse, dando volta no balcão e indo até, abraçando-a.
— Mas tem algumas condições... — disse ela, olhando para mim assim que me afastei. — Você vai ter que aprender a se cuidar sozinha, e vai obedecer as minhas ordens e as ordens da Julia, e um deslize você volta para casa.
— Tudo bem! — exclamei animada.
Eu iria fazer de tudo pra não ter que ir embora novamente. De tudo mesmo.
• Cameron Dallas
Depois daquela confusão toda com aquela situação toda do carro, eu e Shawn chamamos o reboque e os mandamos para a oficina, enquanto as duas meninas pegaram um táxi para a minha casa.
Meu dia estava uma beleza. A maluca da Julia quase me matou, mas de resto estava tudo certo. Até eu encontrar com a Aria na rua, mais precisamente na minha rua, na porta da minha casa.
Eu não sabia como reagir depois de tudo o que aconteceu, e parecia que ela também não. Pelo jeito que a mesma parecia. Ela estava envergonhada, mas eu pude ouvir palavras saindo de sua boca com clareza.
— Podemos conversar?
• Camila Martin
Eu tinha tanta vontade de cortar o pescoço da Ariel, mas não adiantava muito fazer isso. Até porque eu já vim uns vídeos que as mulheres cortavam os pescoços das galinhas e elas ainda continuam vivas. E como a vida me odiava muito, às vezes, eu tinha certeza que esse seria o caso.
— Não acredito que aquela assombração acabou com o nosso dia! — reclamou Kétsia, assim que nós saímos do clube.
— Não precisamos acabar com o nosso dia por isso. — respondeu Harvey, destravando o carro.
— Claro que não. Podemos ir para a casa do Matt, não tem ninguém lá e agora nós morávamos lá. — eu disse, começando a me animar.
— Para no mercado antes, preciso comprar muita besteira. — disse Blake, entrando na porta do carona ao lado de Harvey, enquanto eu entrei atrás com a Kétsia.
Não iríamos acabar com os nossos planos porque uma piranha resolveu sair do rio e veio infernizar nossa vida.
E o resto do dia foi inteiramente maravilhoso. E eu podia dizer com clareza, que nunca havia sido tão feliz em toda a minha vida, não antes dessas pessoas maravilhosas completarem a minha vida.
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Broken || Magcon
FanfictionGarotas e garotos, de alguma forma a maioria deles estavam quebrados por dentro.
