O mesmo se entregou ao beijo sem resistência.
Era calmo e bom.
Antony tinha um gosto suave como quando você bebe um bom vinho doce.
Mas nesse pouco tempo o que realmente me excitava era saber que o guarda Jhoni nos observava.Encerrei o beijo para não ceder a meus pensamentos.
Antony me olhou desnorteado.- Eu vou voltar - disse tímido e ao mesmo tempo surpreso com minha reação e se retirou da sala
Olhei para o guarda o vendo posicionado no mesmo lugar e notei seu tronco forçadamente reto.
Ele estava tenso.
Sorri internamente quando a carcereira entrou me algemando e me levando para fora da sala.
***
- Você tem noção dos seus privilégios? - Carrie perguntou sentada á cama
- Não foi nenhum privilégio. Tivemos tão pouco tempo
- Margot o dia das visitas foi a tão pouco tempo e seu advogado conseguiu uma visita a sós com você!
Comecei a pensar que realmente fazia sentido o comentário de Carrie.
Como Antony havia conseguido uma visita restrita comigo?
***
- Hoje vamos ter um joguinho de futebol - Carrie parecia super animada
- Vocês jogam futebol?
- Sim. Duas presas brigaram no último jogo então havia sido suspenso temporariamente.
- hum - esbocei um sinal decrépito
- Se anima vai. Vamos pegar um sol - falava sorrindo
Peguei a caixa trazida por Antony em baixo da cama e comecei a revirá-la.
Antony tinha trago tudo oque eu precisava ou melhor, era tudo oque eu tinha.Dois livros que eu ainda não havia terminado de ler, um bloco de papel, um lápis que de alguma forma não era pontiagudo e um colar com a foto do papai e de minha mãe Sandra.
Por fim duas gomas de cabelo e um bilhete grampeado
Gosto de como seus cabelos ficam amarrados.
AntonySorri ao ler o papel e guardei-o em baixo do travesseiro.
Carrie e eu começamos a nos trocar para o jogo.
Vestimos calças e blusas laranjas.
Fiz um coque no cabelo e em seguida as presas começaram a ser levadas para a quadra.Quando chegamos tudo que eu conseguia sentir eram os fortes raios de sol batendo em meu rosto.
Se ficar alguns dias em uma cela fechada escura estava me fazendo mal, como eu estaria daqui 10 ou 15 anos?
- Margot tudo bem? - Amanda perguntou
Amanda era amiga e companheira de refeições de Carrie.
A proximidade das duas fez com que nos aproximassemos consequentemente.
Era uma garota calma e sensata. Muitas vezes inteligente e eu mal conseguia entender o porquê de ela estar aqui.
Era gorda, formosa e seu sorriso era encantador.- Eu só não quero jogar - respondi vendo a treinadora gritar com as presas as colocando em suas posições
- A treinadora Campbell não vai te deixar em paz - respondeu se afastando
Tampava o rosto contra a luz do sol observando como a treinadora brigava com as meninas
- E você oque faz aí parada? - gritou vindo em minha direção
Era uma mulher alta, muito alta e tinha uma postura totalmente masculina. Isso assustava. Mas eu não permitiria que essa mulher me obrigasse a fazer algo que não queria.
- Eu não vou jogar, só isso - respondi quando ela se aproximou me olhando com a carranca fechada.
- Não vai jogar?
- Bom eu.. - fez sinal de pare me interrompendo
- Vou declarar isso a diretora.
Saiu me dando as costas e de longe vi Carrie fazer sinal interrogativo com as mãos.
Essa mulher simplesmente não foi com a minha cara.
Boa leitura!
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Prisioneira de um Agente (NÃO FINALIZADO)
RomanceUma jovem criada pelos tios que a acolheram em sua casa após a morte dos pais. Com o passar do tempo Margot passa a fazer todos os serviços dosméticos da casa, cedendo a todas as exigências dos tios. Cansada de sofrer com os maus tratos do tio, Marg...