47 Capítulo

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Era certo de que a porta dos fundos estaria fechada. Mas não devidamente trancada.
O bairro era seguro. As pessoas não invadiriam a casa e Cármen nunca iria contar com a minha volta.

Dentro da cozinha observava toda a casa sem iluminação com receio.
Caminhei até a sala vendo o interior vazio.
Me aproximei da escada em subida para os quartos.
Era amedrontador pensar em passar pelo quarto em que eu havia matado um homem.

Passei a subir com pesar e com o coração se arriando em batidas desorientadas.
No fim da escada respirei com leveza vendo na última porta os dizeres com o nome de Melissa.

Quando por fim entrei uma lágrima solitária escorreu do meu rosto ao lembrar de como era bom tocar nos cabelos da pequena.
De cada gesto. De como ela cabia em meus braços.
E na hipótese de não vê-la mais.

Ouvi um barulho vindo da parte de baixo da casa.
Fiquei imóvel de imediato até começar a raciocinar.

Ouvi novamente o barulho dessa vez fechando a porta principal.
Passos largos em direção a cozinha.

Decidi caminhar em passos lentos para fora do quarto até o corredor na intenção de descobrir quem era.
Parei na escada e me lembrei de que Saimon poderia ser quem entrou na casa.

Desci as escadas e passei pela sala indo para a cozinha. Independente de quem fosse eu estava dando minha cara a tapa. Mas tudo me dizia ser ele.
Virado de costas encostado sobre o balcão virado para a janela sem vê-lo tinha a certeza de que era ele. Saimon.

Me aproximei dessa vez sem resquício de medo e ele virou com um copo nas mãos se dando conta de minha presença.

Vi todo seu corpo estremecer, ficou tenso e esbugalhou os olhos.

- Margot?

- Oi Saimon.

Prisioneira de um Agente (NÃO FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora