6 Capítulo

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Mais rápido do que pensava, descobri que minha colega de quarto, melhor dizendo ' de cela '. Carrie, era legal.

Tinha um bebê de apenas de 9 meses a qual ela não parava de falar.

- Mas, por que você está aqui?

- Tráfico de drogas

- Nossa - demonstrei um espanto oprimido

- Bom, eu namorava um cara e ele era um babaca. Eu deixava ele ficar na minha casa. E... Como eu poderia imaginar que ele estivesse guardando drogas na minha casa? - ergueu às mãos agitada e continuou - Um dia a polícia bateu na minha porta e ele fugiu me deixando com a conta toda

- Sinto muito.

- Tudo bem, ainda tive a sorte de ter testemunhas para provar que eu nunca havia vendido drogas na área. Ganhei a pena por ser conivente com o crime - explicou conformada -
5 anos, já cumpri 7 meses.

- Então quando veio parar aqui seu bebê tinha apenas 2 meses de nascido?

- Isso

- Deve ter sido muito difícil - comentei

- Sim, foi. E você como veio parar aqui? Não faz o tipo da prisão, é tão bonita, jovem, fala bem.

- É uma tediosa e longa história

- Temos todo tempo do mundo - Carrie respondeu fazendo referência ao fim de mundo em que estávamos.

                                  ***

- Seu tio era um filho da mãe fudido - resmungou depois de ouvir tudo oque eu tinha dito.

Carrie diferente de qualquer pessoa não me julgou, não se assustou e nem ao menos me repreendeu naquele momento.

                            ***
Já era o horário do almoço e seguimos em direção ao pátio.

- Você nem imagina.

- Então ele gostava de você?

- Não diria gostar. Quando eu tinha apenas 15 anos já observava a forma como ele me olhava. Suas tentativas frustradas de se aproximar de mim... nisso ele acabava me tratando mal. Muito mal, aliás. Quando me via com uma possível amiga do colégio ou algum namoradinho, tratava de me afastar de vez e me punir por isso. Mas prefiro não lembrar disso aqui.

- Seu tio era muito estranho - concluiu

Fomos até uma bancada onde duas senhoras serviam as "refeições".
Entramos na fila e pegamos um prato de comida, aparentemente saboroso, não era tão ruim comparado as coisas que se dizem por aí sobre a refeição que servem nas prisões.

- Vamos nos sentar ali - chamou apontando para uma mesa.

Várias presas circulavam e eu realmente parecia a carne do momento."

- Fique tranquila isso pode durar apenas por uns 20 dias - pausou - ou até uns meses.

Vários guardas faziam o patrulhamento na parte superior do pátio e novamente ELE me chamou a atenção. O guarda que havia visto quando cheguei.

Arrg. Arrogante

Ele mal olhava para nós detentas e eu teria que começar a fazer o mesmo não olhando para ele.

Não esquece da estrelinha...

Prisioneira de um Agente (NÃO FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora