7 Capítulo

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Voltamos para as celas divididas em duas filas e eu observava cada centímetro daquele lugar.

Câmeras por toda parte.

                                   ***

Acordei sem ter idéia de quanto tempo havia dormido. Já devia estar perto da refeição da noite.

Olhei para Carrie na cama de baixo e observei que ainda dormia, completamente apagada.

Comecei a me lembrar de coisas que eu tentava esquecer a todo custo.
De como minha vida foi quando éramos apenas meus pais e eu.
A morte tão repentina dos dois e de como minha vida mudou radicalmente depois disso.

Me doía pensar que eu estava sozinha nessa e que as únicas pessoas com quem eu havia criado um laço a vida tratou de tirá-las de mim.
Mel e Saimon.

Oque pensavam agora a meu respeito?

Deixei Melissa sem um pai e
Saimon não me perdoaria por isso.

                                    ***

O dia das visitas se aproximava e eu estava ansiosa para receber meu advogado que traria consigo algumas coisas pessoais que eu tinha.
Pedi também que trouxesse uma foto de Melissa e informações sobre ela e o irmão.

                                   ***

No dia das visitas eu sabia que meu advogado poderia não vir.
Era um homem ocupado e eu era apenas mais uma de suas clientes. Uma simples condenada.

Carrie sorria eufórica e ansiosa pela visita da mãe que traria consigo seu pequeno bebê.
Não queria contagiá-la com minha melancolia e desânimo.

Tomei um banho e lavei os cabelos me permitindo pensar no tal guarda.

Que homem!

Subitamente ousei me tocar pensando em seus lábios, aqueles olhos fascinantes.
Muitas vezes eu me sentia uma pervertida. Eu não era uma garota virgem, não sonhava com dias surreais ou grandes contos de fadas.

Eu não estava tendo o controle de meus pensamentos, mesmo estando na situação em que estava.

Como eu pudia agir sem nenhum decoro?

Era inevitável. Naquele momento ele já havia se tornado meu objeto de desejo, ele era um homem atraente e muito bonito, não teria como ser diferente.

                                 ***

Quando chegamos até o pátio algumas presas já recebiam seus familiares.
Me sentei em um banco distante de todos e cruzei os braços sobre uma mesa desolada e apreensiva por ter alimentado esperanças de que Antony viria.

Senti que era observada e olhei para cima no outro lado do pátio onde parte dos guardas ficavam. Desconfiada vi o agente que tanto me chamava atenção me observar.

Eu não saberia dizer como seu olhar recaía sobre mim, mas assim ele continuou, sem hesitar.

Ficamos assim por um longo tempo nos encarando e desviei o olhar quando vi Carrie se aproximar com uma criança no colo e ao seu lado uma mulher que logo deduzi ser sua mãe.

- Olha quem está aqui

- Ele é lindo - comentei

- Pega um pouco

- Não eu não... Levo jeito... - disse embaraçada

Carrie não insistiu e isso me aliviou

Era bonito ver a ligação de Carrie com a mãe, as duas se davam muito bem e era nítido como a senhora cuidava do neto. Oque confortava bastante o coração de Carrie.

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Prisioneira de um Agente (NÃO FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora