5 Capítulo

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Quando entrei na prisão me assustei com o tamanho desmedido dos muros com ameaçadoras cercas elétricas.

Homens armados protegiam o lugar, dois em cada parte.

Passei por uma rigorosa revista e me levaram até uma sala onde a diretora e coordenadora do presídio se apresentou como Keller.
Passou minutos me explicando sobre regras.
Soletrava palavra por palavra para que eu não me esquecesse de uma sequer.

Uma carcereira entregou um uniforme e me levou até o banheiro onde comecei a vesti-lo.

Era um terrível macacão laranja!

A mesma carcereira com a cara pestilenta me guiou indo em direção a um pátio que atravessamos e ali já se via que todas as portas tinham grades trancadas a cadeado. Observava cada pedaço daquela cova.

Olhei para o outro lado do pátio fitando os olhos em um guarda fardado.
Não era só isso que havia chamado minha atenção.

Ele aparentava ter 35 anos ou menos. Muito belo, o homem mais bonito que eu havia visto até então. Sem exageros, era realmente bonito. Gracioso e esbelto.
Poderia dizer de forma chula que era muito sexy.

Parado e com uma postura alinhada deixou seus olhos caírem sobre mim.

Nossos olhos se tocaram e conversaram da forma mais intensa.
Logo o trouxe para os pensamentos mais impuros que eu poderia ter.

O mesmo numa atitude tirana desviou o olhar e levantou o nariz se colocando acima de mim, me dizendo sem precisar falar que eu era apenas uma delinqüente sentenciada.

Petulante!

Num corredor gigante já se ouvia a algazarra das presas conversando.
Algumas encostadas nas grades dentro de suas celas.

Tinham celas e mais celas, uma de cada lado e vários olhares eram direcionados a mim enquanto eu passava.

- Que gracinha - disse uma delas

- Você é uma bela mocinha, detentas como ela vão gostar de você - a carcereira comentou num sinal claro de deboche

Duas celas depois a mesma parou e me colocou dentro de uma vazia.

- Ponha as mãos aqui - apontou para o buraco na grade.

Destrancou minhas algemas aliviando meus punhos fartos, deixando minhas mãos livres.

Olhei para o cúbico...
De livre, apenas as mãos ".

Vendo o quarto vazio deduzi que estava sozinha e por incrível que pareça isso me alegrou bastante por uns segundos.

Ouvi um barulho de descarga vindo de uma porta dentro da cela e a maçaneta foi girada.

Nãao...

Uma mulher de cabelos negros apareceu me olhando encabulada.

- Oi você deve ser a nova detenta! - soltou entusiasmada estendendo a mão para um comprimento.

Prisioneira de um Agente (NÃO FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora