50 Capítulo

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Com aquele pedaço de papel nas mãos ainda me questionava se o certo a se fazer era ligar para Jhoni.

- Você pode dormir na minha cama e eu fico aqui na sala - Saimon sugeriu me entregando um álbum de fotos.

Comecei a folhear vendo fotos e mais fotos de Melissa. Na escola, no parque e até com Clara, a irmã.

Isso só fazia crescer dentro de mim o desejo de ver a pequena. Sentia que Melissa fazia parte de mim. E ninguém tinha o direito de afastá-la.
Comecei a ter a certeza de que sim eu precisava me encontrar com Jhoni, acreditava que só ele aqui fora me ajudaria a encontrar Melissa.

- Tem um telefone? - Saimon que me observava correu para pegar um telefone móvel em cima da estante.

- Não faz chamadas, só mensagens - avisou

Decidi escrever uma curta mensagem com um endereço de onde esperaria por Jhoni.

Vou esperar por você às 5:30 AM.
Rua Missouri, 320.
                                  Marg

Apaguei o conteúdo da mensagem e o registro e entreguei o celular a Saimon.

- Acho que mal irei dormir então pode ficar com a cama.

- Tem certeza?

- Sim Saimon.

Fiquei ali sentada na sala anciosa, pensando em Jhoni.
Com toda certeza ele iria estar lá, no horário marcado.

                                    ***

Exatamente as 4:00 da manhã já me embalava num banho gelado.
Queria chegar exatamente no horário para esperar por ele.
Ao sair do banheiro dei de cara com Saimon ao pé da porta. Parecia sonolento.

- Por que se levantou tão cedo? - questionou

- Eu preciso resolver uma coisa - passei apressada por ele indo para o quarto onde dormia a pouco e tranquei a porta.
Saimon saberia colocar-me contra a parede, não queria colocá-lo a par de Jhoni.

Me vesti e guardei o necessário dentro da pequena bolsa, penteei os cabelos soltos e saí do quarto pronta para me despedir rapidamente de Saimon que esperava sentado na sala.

- Olha Saimon eu não posso explicar muito agora. Fica tranquilo eu volto logo.

- Onde você vai Margot não pode me dizer? - se aproximou preocupado

- Eu não vou demorar eu prometo. - caminhei até a porta e bati saindo em disparada para fugir de seus questionamentos.

                                     ***

O endereço ficava a uns km dali. A rua estava vazia e fazia muito frio, logo as pessoas não saíam de casa tão cedo. Oque me deixou mais confortável e despreocupada em ser reconhecida por quem quer que fosse.

O endereço marcado se localizava entre casas construídas pelo governo. Estavam abandonadas pelo que eu me lembrava.
Costumava fugir com Saimon e alguns amigos depois da escola e ficávamos ali ouvindo músicas, comendo, passando o tempo, coisas típicas de qualquer adolescente.




Prisioneira de um Agente (NÃO FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora