29 Capítulo

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- Esse tipo de comportamento não será tolerado nessa instituição - a diretora proferiu visivelmente aborrecida

- Eu perdi o controle.

Keller suspirou afoita caminhando em direção a pequena janela atrás de sua cadeira.

- Solte as algemas dela - pediu a carcereira que demonstrou resistência

- Senhora ela ... - tentou advertir

- Solte-a - ordenou

Assim que a carcereira tirou as algemas, Keller se sentou em sua cadeira.

- Agora me deixe sozinha com a presa.

A carcereira se retirou da sala e a diretora fez sinal para que eu me sentasse.

- A senhora sabia que pode haver uma nova audiência para o meu caso?

- Foi isso que te fez agir daquela forma? - Supôs

- Sim - confessei

Suspirou

- Entenda que isso pode te prejudicar. Margot, você matou um homem - repreendeu - as leis do nosso país não pensarão duas vezes antes de mandarem você para a cadeia até o resto de sua vida - declarou sendo dura - Você é jovem, acha que vão deixar que você saia daqui quando tiver trinta anos? - riu sarcástica ficando séria rispidamente - Você vai sair daqui quando estiver quase nos seus últimos anos e não puder mais reconstruir sua vida - Keller desembuchava me fazendo sair totalmente de meu aparente conforto.

- Eu não posso ficar aqui

- Então faça por merecer. Seja quem eu acho que você é. Não tenha medo, não seja legal, não fique nesse seu conto de fadas idiota! As pessoas mentem pra você - dizia me olhando nos olhos - Não seja a garota dos céus Margot, por que você não é.

***

- Sala de isolamento? - perguntei assim que li na porta.

A diretora que estava ao lado da carcereira acentiu

- Lembre-se do que conversamos. - entrei na pequena sala isolada cheia de hesitação.
Olhei pela pequena grade Keller se distanciar com a funcionária.

Caí sobre o chão frio daquele confinamento pensando em tudo que Keller havia acabado dizer.

Eu estava sendo tola demais. E não poderia continuar assim".

***

Os segundos pareciam uma medíocre eternidade dentro daquele cúbico vazio.

Ouvi o barulho das chaves e me levantei vendo a carcereira abrir a porta.

Me levou até minha cela e assim que entrei fui logo para o bebedouro. Morria de sede.

- Estava na sala de isolamento? - Carrie se desprendeu a perguntar, preocupada, aflita - por que agiu daquele jeito com seu advogado?

Assim que me saciei deitei na cama de Carrie, cansada

- Ele sabia que eu ficaria aqui mais do que dez anos e continuou me enganando.

- Nossa - se surpreendeu - Margot, você não pode agir assim - você esta tentando ganhar um votação contra Dana.

- Não importa oque eu faça Carrie, eu vou ganhar essa votação - disse com a certeza de que Keller me faria ganhar.

Prisioneira de um Agente (NÃO FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora