capítulo 22

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Que idiota fora ao pensar que Christopher de Montmonrecy não era como o resto dos homens. Fora uma tola ao sentir algo diferente por ele. 

Silenciosamente, Dulce voltou para o quarto. A idéia de que sir Christopher seria capaz de fazê-la iluminavam de prazer sem nem sequer se esforçar, deixava-a furiosa, aquele convencido arrogante! Com certeza as mulheres haviam passado por sua cama deviam ser todas camponesas feito Anahí, criaturas simplórias para acreditar que um nobre era especial, ou então o tipo que aceita fazer amor em troca de dinheiro ou outras vantagens.

Mas ela conhecia a verdade dos fatos. Aqueles que pertenciam à nobreza eram em primeiro lugar homens e raramente nobres. Se Uckerman achava que bastava mover um dedo para tê-la na cama, aguardando-o ansiosa, a surpresa seria grande.
O dia do casamento de sir Christopher de Uckerman amanheceu cinzento e inesperadamente frio. Uma garoa fina fazia pensar que outubro já tivesse chegado, embora o mês de julho mal houvesse começado.

— O que você está pretendendo fazer? — Tomáz indagou ao noivo que, parado na porta do salão, examinava o pátio interno sem grande entusiasmo. — A bênção do padre poderia ser dada na capela em vez de ao ar livre.

— É, suponho que sim. Porém a capela é muito pequena e não comporta todos os convidados. Os que ficarem de fora provavelmente se sentirão insultados

Christopher inspirou fundo, observando Pascual que andava de um lado para o outro, orientando a criadagem.

 

— Por Deus, esse casamento tem me dado muitos problemas. E custado uma fortuna também.

— Lembre-se de que Saviñon está pagando parte das despesas. Além de tudo, o barão mostra-se satisfeito.

— E deveria estar. — Christopher resmungou qualquer coisa e fechou a porta no momento em que Anahí entrava no salão, um sorriso tímido no rosto. — Afinal lorde Saviñon já conseguiu sair da cama? — ele indagou à criada, lembrando-se dos vários cálices de vinho que o rapaz havia ingerido na noite anterior.

— Sim, meu lorde. Mas o coitado parece um cadáver.

— E quanto à irmã de lorde Saviñon?

— Ela ainda não saiu de seus aposentos e creio que pretenda permanecer por lá até a hora do casamento. A porta está trancada e minha lady diz que não quer receber ninguém, que deseja ficar só. Para rezar. Eu, ah, achei melhor não insistir.

Uckerman não tinha a menor idéia do que lady Dulce estava fazendo e nem queria tentar descobrir. 

— Verifique se lorde Saviñon está sendo bem cuidado. Não quero que deixe de comparecer à cerimônia por sentir-se mal.

— Sim, meu lorde. — Sorrindo mais à vontade, Anahí afastou-se.

— Se ele não aguenta a bebida, não deveria beber nada.

— Nem todo mundo tem a sua resistência — Tomáz retrucou.

— Então ele deveria ter ido dormir cedo, como você.

Esposa Rebelde - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora