— Confesso que não me agradou muito descobrir que lorde Saviñon havia decidido casar-se — o barão continuou. — Entretanto, ele me informou que se trata de um fato consumado, assim, só me resta aceitar. Quero deixar claro que este não é o principal motivo de minha visita. Recentemente adquiri novas terras, inclusive as propriedades do falecido sir Guy de Ro-bespierre. Preciso de um cavaleiro que se encarregue de administrá-las para mim. Sei que lorde Saviñon tem vastas propriedades na França e gostaria de perguntar-lhe se não consideraria a possibilidade de cuidar de minhas terras também.
— Eu teria que jurar lealdade a você, não teria? — Alfonso perguntou.
— Sim. Sei que sua família é de linhagem mais importante do que a minha, mas espero que isso não o faça recusar meu oferecimento. E importante que eu tenha os melhores homens como aliados. Estamos vivendo tempos de paz, contudo, as coisas costumam mudar. Por outro lado, a... linhagem de sua esposa poderá ser benéfica. Com certeza os locatários o aceitarão com mais facilidade do que aceitavam sir Guy.
— Se é assim... Minha esposa não estava muito satisfeita com a idéia de morar na França. Claro que terei que visitar minhas propriedades lá de tempos em tempos, porém meu administrador é de inteira confiança e saberá cuidar dos negócios na minha ausência.
— Ficarei feliz em tê-lo perto de mim — Dulce interveio.
O barão sorriu, satisfeito.
— Então você aceita a minha oferta?
— Sim. E darei o melhor de mim para provar-me um aliado de valor, barão Léon.
— Estou certo que sim. — Virando-se para Christopher, ele observou: — Devo dizer-lhe que o casamento lhe fez muito bem.
— Tem razão, meu lorde. Alegra-me comunicar-lhe que minha esposa está grávida.
— Maravilha! — Léon levantou-se e beijou Dulce no rosto. — Fico feliz com a notícia, minha lady. Você é mesmo um homem de sorte, Christopher.
Não passou despercebida a Dulce a tristeza embutida no comentário. E era fácil entender o motivo. Porque apesar de todo o seu poder, de toda a sua riqueza, talentos e esposas, faltava-lhe um filho com quem dividir as conquistas.
— Isto merece uma comemoração — o barão declarou. — E, depois, sairemos para uma caçada. Vocês me acompanham? Christopher? Alfonso?
— Será uma honra caçar ao seu lado — Christopher respondeu.
Alfonso, entretanto, engoliu em seco.
— Se você me desculpar, meu lorde, prefiro ficar aqui. Caçadas não fazem muito o eu gênero.
— Mesmo se a recompensa for uma carne deliciosa para o jantar? Bem, dou-lhe permissão para ficar na companhia de sua linda esposa, a quem peço desculpas pelo meu comportamento irresponsável de meses atrás.
Anahí corou e acenou com a cabeça.
O barão olhou ao redor, analisando cada detalhe.
— Grandes melhorias por aqui, Christopher. Presumo que a responsável seja sua esposa.
— Sim, meu lorde.
— Desde que cheguei, ainda não vi sir Tomáz. Ouvi sobre o acidente. Ele está inteiramente recuperado?
— Sim. Tomáz está supervisionando o treinamento dos soldados, do lado de fora das muralhas.
— E pensar que eu vivi o bastante para ver chegar o dia em que você não estivesse supervisionando o treinamento de seus próprios homens. Seu casamento deve ser realmente feliz, para fazê-lo negligenciar certos deveres.
— Meu lorde, eu...
— É só uma brincadeira, Christopher. Conheço o seu senso de responsabilidade. Venha, eu gostaria de cumprimentar sir Tomáz. Você, Alfonso, e sua esposa, estão dispensados de me acompanharem, se preferirem ficar a sós. Mas você, Dulce, venha conosco. Gosto da presença de belas mulheres.
— Com prazer, meu lorde.
Ela sorriu para o irmão e a cunhada, feliz pela maneira como tudo se arranjara. Pelo menos continuaria a tê-los por perto. A França era longe...
Tão logo viu o pequeno grupo aproximar-se, Tomáz apressou-se a ir cumprimentá-los.
— Bom dia, barão Léon. É um prazer...
Ele parou no meio da frase, pálido como se tivesse visto um fantasma.
Dulce, Christopher e o barão olharam para trás. Uma mulher vinha chegando num palafrém, acompanhada de um rapazinho montado num cavalo. A mulher tinha o rosto coberto por um capuz e o rapazinho não lhes era familiar. Entretanto não tiveram tempo de fazer comentário algum, pois Tomáz corria na direção da estrada, gritando e agitando os braços no ar.
— Pilar!
A mulher atirou o capuz para trás, revelando um rosto não de beleza intensa, mas marcado por um sorriso fascinante. Ela desmontou rapidamente e atirou-se nos braços do cavaleiro, enquanto falava sobre uma balada e troca de cartas.
Com os olhos cheio de lágrimas, Dulce mal pode reparar quando o rapazinho desmontou. A emoção de haver contribuído para que este encontro acontecesse era algo indescritível.
— Então essa é a famosa Pilar — o barão comentou. — Não me parece o tipo de mulher capaz de despertar uma paixão tão duradoura.
— Não subestime o poder do amor — Christopher falou muito sério, abraçando a esposa. — Asseguro-lhe que nunca mais o farei.
— Nem eu — Dulce murmurou, levantando-se nas pontas dos pés para beijar seu marido normando.
--- Eu amo você minha esposa --- Christopher afirmou
FIM
_________________________________________Agradeço a todas q acompanharam a web dem uma passada nas outras tenho certeza que vão gostar.
*CAVALEIRO DA NOITE
*ADORÁVEL CONDESSA
*AS BATIDAS PERDIDAS DO CORAÇÃO
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Esposa Rebelde - Vondy
RomantizmA paixão incendiou aquele casamento de conveniência! Inglaterra Idade Média Arrogante o orgulhoso, sir Christopher de Uckerman exigia de sua esposa obediência absoluta. Mas a rebelde lady Dulce Sanviñon desafiou a autoridade de Christopher desde a...