Christopher ia sair do quarto, quando Dulce sentou-se na cama, sonolenta.
— Quem está aí? O que foi?
Bastou perceber a rigidez dos seios sob o tecido transparente, para ter o desejo inflamado. Mas a razão venceu. Iria testá-la. Se Dulce realmente lhe fosse infiel, rejeitaria as suas carícias. E se as aceitasse, com certeza não retribuiria com o mesmo ardor daquela noite, em que consumaram o casamento.
— Sou eu. Christopher. Seu marido — ele respondeu baixinho, fechando a porta.
— Por que você voltou? Tem alguma coisa errada? — Dulce soava mais confusa do que alarmada.
— Eu queria estar em casa.
— Por que... por que você está aqui?
— Um marido não precisa explicar sua presença dentro do próprio quarto. — Christopher tirou a túnica sem deixar de fitá-la, a voz rouca e sensual soando aos seus ouvidos como uma carícia.
O marido ali, bem diante de seus olhos, em vez de estar a quilômetros de distância? Antes mesmo que ele tirasse a túnica e revelasse o peito musculoso e os ombros fortes, já se sentia arder de paixão. Quando poderia imaginar que um gesto tão simples tivesse um efeito devastador sobre seus sentidos? Oh, Deus, morreria se ele não a tocasse.
Seria apenas desejo, ou amor? Mas isso, realmente, fazia diferença?
Christopher inclinou-se e beijou-a de leve no rosto antes de deslizar os lábios pelo pescoço esguio.
— Voltei para estar com você.
— Por quê? — Dulce insistiu. Diga que você me quer. Diga que você precisa de mim. Diga que me ama!, ela implorou em silêncio.
— E o motivo tem importância? — Com a ponta da língua, Christopher massageou os mamilos intumescidos, enquanto se ajeitava sobre as pernas entreabertas da esposa. De repente, um pensamento horrível ocorreu a Dulce. Talvez a única intenção dele fosse usá-la para satisfazer uma necessidade física. E por que outro motivo iria procurá-la? Por que agora, depois de todos esses dias? Talvez Belinda o tivesse rejeitado, obrigando-o a procurar alívio sexual nos braços de quem lhe pertencia legalmente.
— Por que você está aqui? — ela tornou a indagar, apoiando-se num cotovelo para fitá-lo.
— Esta é minha cama. Você é minha esposa. Que outros motivos seriam necessários?
— Onde você esteve durante todas as outras noites?
— Que importância tem? Estou aqui agora. E a quero.
— Para quê?
No mesmo instante, os olhos escuros perderam o brilho.
— Está claro que você não deseja a minha companhia, minha lady — ele falou sem esconder a amargura. — Portanto, vou lhe poupar o transtorno.
— Christopher, por favor...
— O que foi? Você mudou de idéia? Achou melhor não me recusar?
Dulce levantou-se e enfrentou-o, disposta a não se deixar intimidar pelo sarcasmo.
— Você está pensando em me forçar?
— De forma alguma!
— Ouça, nós precisamos conversar — ela pediu, incapaz de suportar aquela incerteza por muito mais.
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Esposa Rebelde - Vondy
Storie d'amoreA paixão incendiou aquele casamento de conveniência! Inglaterra Idade Média Arrogante o orgulhoso, sir Christopher de Uckerman exigia de sua esposa obediência absoluta. Mas a rebelde lady Dulce Sanviñon desafiou a autoridade de Christopher desde a...