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JUNGKOOK ON

Infelizmente, ou felizmente, chegou a hora de voltarmos para o alojamento. Eu queria voltar para lá, já que eu considerava aquele lugar como um verdadeiro lar, onde eu vivo numa imensa e verdadeira família; mas ao mesmo tempo, me incomodava ver o jeito que o Tae ficou, na hora da despedida.

Ele já estava bastante triste por ter que deixar seus pais mais uma vez, o que me levou a pensar se foi uma boa ideia ter vindo para cá, ao invés de irmos direto para o alojamento, quando ele recebeu alta. Apesar de estar sendo triste vê-lo assim, foi bom. É estranho dizer, mas foi bom ele ter vindo para casa, ter tido esse contato com a família, ter ficado nesse ambiente que ele tem costume e já sentia saudades.

Foi ótimo passar esse tempo aqui com ele. Não tínhamos que treinar, seguir regras do alojamento, ficar com medo por coisas que pudessem acontecer, não tínhamos que dar satisfação das nossas vidas para ninguém... éramos só nós dois ali, tendo um momento só para nós, um momento para conversarmos, desabafarmos, nos amarmos mais um pouco – nem que essas demonstrações de amor se resumissem a bolinhos de carne e batata frita.

Nós ficamos juntos, nos divertimos juntos, sorrimos juntos, assistimos a alguns filmes, comemos besteiras... e esses três dias se resumiram a isso; como se um estivesse reconhecendo o outro, como se estivéssemos recomeçando depois de toda essa confusão – o que tecnicamente era o que estávamos fazendo. Recomeçando.

– Prometa para nós que você vai cuidar bem dos nossos bebês? – Minha sogra me perguntou chorosa, enquanto tinha seu filho agarrado ao seu pescoço, chorando como se não fosse vê-los nunca mais.

– Eu prometo. – Também a abracei para passar confiança. – Prometo que darei o meu melhor para que eles fiquem bem.

– Qualquer coisa que precisar, pode entrar em contato conosco, que estaremos prontos para ajudar. – Meu sogro sorriu docemente. – Se puderem sair do alojamento de novo, saibam que nossas portas sempre estarão abertas para recebe-los.

– O-obrigado, p-papai... – Tae o abraçou dessa vez e continuou chorando. – Eu vou sentir muita falta de vocês...

– Nós também sentiremos sua falta, filho. – O mais velho acariciou os cabelos do ômega. – Mas não fique triste. Olha só... – Ele se afastou e pegou no rosto do Tae. – Isso tudo é pelo seu bem. Você gosta das pessoas de lá, elas são legais, agora você tem o Jungkook, que é um alfa ótimo para você, que gosta de você; agora você está esperando um filho dele... nó sentiremos muitas saudades, mas no fim, tudo valerá a pena. Nós sempre estaremos aqui te esperando, sempre vamos conversar com você, te mandar mensagens ou te ligar, para saber que vocês estão bem... é tudo uma questão de tempo. O alojamento te fez bem. Você fez amigos, conheceu um alfa que te respeita e te ama, você mostrou que um ômega não é tão frágil quanto dizem, você se tornou uma grande pessoa, Tae, e eu e sua mãe estamos muito orgulhosos de você.

– O-obrigado. – Foi o que ele respondeu, antes de dar mais um abraço nos dois e se afastar, provavelmente evitando adiar o sofrimento de ir embora.

– Vamos? – Acariciei seu rosto e limpei suas lágrimas. Ele assentiu.

– Obrigada por cuidar do nosso filho e protege-lo, enquanto não podemos fazer isso. – A ômega sorriu para mim e me abraçou.

– Eu que devo agradecer por terem me recebido tão bem. – Sorri de maneira terna. – Serei eternamente grato a vocês.

– Que nada. – O alfa sorriu e também me abraçou de maneira calorosa, antes de segurar sua esposa pela cintura e a afastar de nós, provavelmente evitando que ela grudasse no Tae de novo e nós nunca fôssemos embora. – Estaremos esperando por vocês.

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