TAEHYUNG ON
O restante da semana foi meio tenso. Jungkook sempre vinha me perguntar se de fato era uma boa ideia irmos atrás dos pais dele, com mil e um argumentos de que eles poderiam não gostar da nossa visita surpresa. Depois de muito insistir e colocar mil e dois motivos para irmos atrás deles, aparentemente ele está aceitando essa ideia de bom grado.
– Acha que deveríamos levar alguma coisa? – Ele me perguntou quando entramos no carro.
– Como assim?
– Sei lá, um presente para eles, ou... não sei, Tae...
– Me diz você, Jungkook. – Coloquei o cinto. – As visitas que vão na sua casa costumam levar algo para eles?
– Eu não sei. Normalmente eu fico dentro do quarto e... – Respirou fundo. – Eles não me deixavam perto de outras pessoas, esqueceu?
– Hum, tá. – Suspirei. – O que acha de levarmos alguns bombons para eles? Não vai parecer algo formal e também não vamos chegar lá de mãos vazias.
– Tudo bem. – O alfa ligou o carro, com as mãos trêmulas. – Eu sei de um lugar que vende alguns bombons que minha mãe gosta.
– Ah, que ótimo. Então vamos. – Jungkook deu partida no carro e nós fomos até a loja que vendia os tais bombons. Sem demorar muito, escolheu a caixa que ele sabia que sua mãe iria gostar, e logo, dirigiu até a sua casa.
– Não acha que deveríamos ter ligado antes e avisado que viríamos? – Me olhou de lado, com uma expressão triste no rosto.
– Não acho, não. – Desprendi do cinto e abri a porta do carro. – Vamos logo, Jungkook!
O alfa soltou um resmungo dentro do carro, mas me seguiu, parando do meu lado, em frente ao portão da sua mansão.
– Tae, eu... – Antes que ele continuasse a fala, eu apertei o dedo o interfone, fazendo ele arfar desesperado. – Taehyung, eu estava me preparando psicologicamente para isso.
"Pois não?" – Uma voz feminina soou do aparelho.
– Fala logo. – Cochichei para ele, que me encarou assustado. – Anda, Jungkook!
"Quem está aí?" – A pessoa insistiu e não obteve uma resposta. "Olha, se estão brincando..."
– Yejin, sou eu, Jungkook. – Criou coragem e falou rápido.
"Kookie?!" – Ela parecia assustada, mas mesmo assim, liberou o portão e nós entramos.
– Quem é Yejin? – Perguntei.
– Uma moça que trabalha aqui há muito tempo. Foi quase uma babá para mim... – Respirou fundo. – Ela foi mais minha mãe do que minha mãe de verdade.
– Entendo. – Decidi não render assunto, antes que ele ficasse chateado com algo e desistisse de continuar.
Nós continuamos andando, até chegarmos na porta da frente da casa. Jungkook respirou fundo e quando esticou a mão para bater na porta, alguém a abriu com rapidez.
Sua mãe.
– K-Kook? – Ela tinha os olhos marejados e alternava o olhar entre mim e ele. – Vocês vieram! – Num ato impensável, ela o abraçou forte e pôs-se a chorar silenciosamente, enquanto acariciava os cabelos do filho.
O alfa ficou sem saber o que fazer, parece que ele nunca ganhou essas demonstrações de carinho, vindas por parte dos pais. Ele segurava minha mão forte e apertava os olhos, aparentemente para segurar o choro.
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Fiksi PenggemarKim Taehyung é um ômega independente que vive há dois anos num alojamento para jovens que têm alguma habilidade especial. Certo dia, um alfa mais conhecido como Jeon Jungkook, chega nesse alojamento, e mesmo contra a vontade Taehyung é obrigado e di...