TAEHYUNG ON
Depois que nós tocamos o interfone, a mãe do Jungkook veio nos atender e nos deu uma olhada de cima a baixo, torcendo o nariz de leve.
– Olá! – Sorriu de maneira forçada. – Bem, como eu imaginei que vocês viriam vestidos assim, e como eu sou uma pessoa prevenida, eu separei algo para vocês vestirem. Está naquela sala. – A ômega apontou uma das portas do lugar e praticamente nos obrigou a vestir algo apropriado antes de nos encontrarmos com as outras pessoas.
Eu confesso que fiquei meio incomodado com a situação, e o Jungkook nem se fale, porque antes mesmo de chegarmos até a sala, ele segurou a mãe pelo braço e a fuzilou com os olhos.
– Eu não acredito que você está fazendo isso. – Falou sério. – Você quer que eu e o Tae voltamos por aquele portão antes mesmo de cumprimentarmos os seus convidados?
– Kook? – Ela disse meio vacilante. – Só vista as roupas? – Pediu. – Eu convidei pessoas importantes para esse chá e eu gostaria muito que vocês estivessem de modo apropriado para recebe-los.
– Como você pode falar uma coisa dessas comigo? – O alfa falou entredentes. – É um chá para comemorar o meu noivado com o Taehyung e para comemorar a vinda do nosso bebê, e você ainda faz o favor de nos tratar dessa forma? – Sua presença já podia ser sentida e eu estremeci, o fazendo olhar imediatamente para mim. – Tae, vá lá para dentro?
– Mas...
– Só, vai. Por favor? – Ele tocou meu ombro e eu acenei positivamente, abrindo a porta e entrando no cômodo quase vazio, que guardava apenas os manequins com nossas roupas devidamente passadas e uma penteadeira para arrumarmos os cabelos e talvez passar uma maquiagem.
Como eu sabia que seríamos obrigados a vestirmos aquelas roupas – chiques até demais para um simples chá -, eu cheguei na que tinha meu nome preso com um alfinete e a peguei.
Rapidamente, eu tirei a roupa que estava usando e, com todo o cuidado para não amassar a outra por completo, eu a vesti e notei que coube bem certo em mim, como se tivesse sido feita sob medida.
Tudo bem que os pais do Kookie eram ricos e bem influentes, mas convenhamos que foi bem desnecessário o uso de fraques para um simples chá. Mas tudo bem, vamos levar em consideração que eu não sei o nível dos chás que o senhor e a senhora Jeon faziam.
– Tae? – Jungkook entrou no quarto com os olhos avermelhados e me encarou de cima em baixo, como sua mãe havia feito, porém, sua feição ficou mais leve e ele sorriu. – Você está lindo.
– Obrigado. – Caminhei até ele e o abracei. – Por que você estava chorando? – Acariciei seu rosto e lhe dei um selinho rápido.
– Porque minha mãe me faz raiva até quando eu deveria estar feliz. – Suspirou. – Fala sério. Fraques para um chá? Não que o Taekook não mereça uma festa digna de boas-vindas, mas precisava disso? – O alfa apontou para a porta e eu pude ver nitidamente que ele estava incomodado.
– Calma, amor. Hoje é para ser um dia feliz. Deixe isto para lá, são só roupas.
– Quando foi que você virou esse ômega calmo, Tae? Era para você estar brigando e não eu. – Ele sorriu tímido e encarou meus olhos. – Você está bem?
– Sim, por que não estaria?
– Quando eu comecei a brigar com minha mãe, eu senti que você ficou com medo e aquele cheiro de alfa ficou bem forte.
– Não foi bem medo, mas quando você deixa sua presença ser sentida, eu fico meio assustado. Quanto ao cheiro, eu não o sinto... – Dei de ombros.
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Link (kth + jjk)
FanfictionKim Taehyung é um ômega independente que vive há dois anos num alojamento para jovens que têm alguma habilidade especial. Certo dia, um alfa mais conhecido como Jeon Jungkook, chega nesse alojamento, e mesmo contra a vontade Taehyung é obrigado e di...