Depois que eu quase matei Jungkook dentro do quarto, ele passou a me ignorar completamente e eu estava adorando isso. Fora dos treinos, o máximo de palavras que nós dizíamos, era bom dia, boa tarde ou boa noite. Jeon desaparecia durante o dia e só voltava de noite, eu não fazia ideia do que ele tanto fazia, mas também, não tinha interesse em saber.
Já haviam passado duas semanas desde o ocorrido e é claro que eu tomei um xingo servido do diretor e fui ameaçado a perder minha espada caso isso voltasse a acontecer, mas foi só isso.
No dia após à confusão, Jungkook se atrasou, mas não tanto quanto da primeira vez e eu briguei com ele de novo.
No terceiro dia de treino, mais uma vez atrasado, porém, apenas dez minutos. Como nada é perfeito, Jungkook estava brincando com o arco e quase acertou uma flecha em mim, o que ocasionou em outra briga.
No quarto dia, ele estava com a cabeça no mundo da lua e eu tive que repetir quase tudo o que dizia, resultado? Briga.
Por fim, acho que o diretor se cansou de nos ver brigar e mandou Baek nos acompanhar nos treinos, para tentar amenizar a situação. Claro que isso não ajudou em nada, afinal, tinham dois alfas no mesmo ambiente que eu e ambos soltavam farpas o tempo todo.
Devo admitir que, Jungkook melhorou em 80% suas atitudes infantis durante o treino e passou a tratar aquilo com mais seriedade. Agora ele já chegava na hora certa, já sabia atirar perfeitamente com um dos tipos de arco, parou de fazer brincadeiras com tudo e nós não brigávamos todos os dias, mais, o que desencadeou a despensa de Baekhyun dos treinos, claro que, a seu contragosto.
Esta manhã estava especialmente fria. Acordei mais cedo, tomei meu café e já desci para o local de treino, afim de organizar as armas.
Hoje eu estava de bom humor, então resolvi atender a um pedido antigo do moreno, que era treinar usando espadas. Enquanto ele não chegava, eu comecei a praticar sozinho, com uma espada em cada mão, batendo com vontade num boneco de madeira que tínhamos ali.
– Taehyung? – Me virei de uma vez e avistei Jungkook se aproximando de mim, com um copo em cada mão.
– Chegou cedo, Jeon. – Comentei.
– Eu vi você levantando e me levantei logo depois. – Ele parou do meu lado e me ofereceu um copo.
– O que é isto? – Perguntei desconfiado.
– Chocolate quente. E está bem quente mesmo, então se você puder...
– Ah. – Guardei as espadas e peguei o copo.
– Obrigado, já estava me queimando. – Ele sorriu e deu uma golada no seu chocolate.
– Eu que devo agradecer. – Virei o copo e provei do líquido. Aquele gosto me fez lembrar de casa, me fez lembrar de quando minha mãe fazia chocolate para mim e pior, me fez lembrar daquela carta que eu não tinha aberto e que agora residia dentro do meu livro.
– Está bom? – Jungkook perguntou, me tirando dos meus pensamentos.
– Está uma delícia. Quem fez? – Perguntei.
– Fui eu. – Ele disse, enquanto se sentava num montinho de feno e batia a mão no espaço ao seu lado, para que eu pudesse me sentar ali com ele.
– Você? – Fiquei surpreso. – Você sabe cozinhar?
– Eu sei de muitas coisas, Taehyung. – O moreno deu outra golada no chocolate. – Se bem que isto não é exatamente cozinhar, qualquer um sabe fazer isso aqui.
– Não desse jeito. – Comentei. – Ficou realmente muito bom.
– Obrigado. – Jungkook sorriu de lado e ficou quieto.
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Hayran KurguKim Taehyung é um ômega independente que vive há dois anos num alojamento para jovens que têm alguma habilidade especial. Certo dia, um alfa mais conhecido como Jeon Jungkook, chega nesse alojamento, e mesmo contra a vontade Taehyung é obrigado e di...