Capítulo • 4

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Depois que Angel foi embora, simplesmente não consegui me concentrar em mais nada corretamente

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Depois que Angel foi embora, simplesmente não consegui me concentrar em mais nada corretamente. O chefe do quartel havia me liberado pelo resto do dia por causa do Diogo, o que em si poderia ser considerado um grande alívio, mas meus pensamentos não estavam no meu irmão.

Merda, me senti um idiota por pensar em algo assim. Todavia, não conseguia esquecer aquela moça de aparência angelical. Uma princesa mesmo...

Tenho a certeza que dona Eleonor deve ter notado algo estranho nas minhas ações, contudo, não comentou nada. Durante toda a visita senti seus olhos queimarem contra a lateral da minha cabeça, os evitei bravamente, pois tinha em mente que com apenas um olhar ela conseguiria descobrir o que havia acontecido.

Solto a respiração com força, frustrado, passo as mãos pelo rosto. Dormi cedo ontem, mas parece que mal havia encostado a cabeça no travesseiro quando o despertador tocou a poucos minutos. Ouço o barulho de panelas, algo reconfortante, imagino que Sônia deve estar fazendo algo maravilhoso para o café da manhã. Ela é minha governanta desde que me mudei para esse apartamento há dez anos. Eleonor McDemott morre de ciúmes, pois considero Sônia como se fosse uma segunda mãe. Sinto que hoje irei precisar de alguns conselhos antes de ir para o quartel.

Após realizar minhas higienes matinais, caminho pelo corredor, terminando de colocar a camisa. Sigo o cheiro de bacon que preenche o apartamento, ao entrar na cozinha encontro os seguranças tomando café. Sônia ainda não notou minha presença, ergo o dedo num claro sinal de silêncio e me aproximo da senhora. No momento que a abraço o seu grito preenche a cozinha, o que me faz gargalhar. Ela se vira e bate no meu braço com o pano de prato.

— Isso não se faz, Dominic McDemott. — Aponta o dedo para mim como se estivesse repreendendo uma criança. — Nunca cresce, se um dia eu tiver um infarto, a culpa será sua.

— Sou inocente — consigo falar entre risadas.

Oh, muito inocente — resmunga e volta a mexer nas panelas. — Esses meninos nunca crescem, tem quase trinta anos nas costas e continua agindo como um adolescente.

— Você me ama, Sônia — gracejo.

Sento-me na mesa com um sorriso, Luca termina seu café e acena antes de sair da cozinha. Droga, ele é quase uma versão do Alaric. Sério e parece imune as minhas provocações.

— O que temos para hoje senhor McDemott? — Brandon arqueia as sombrancelhas, divertido.

— O mesmo de ontem — rebato,  mordendo um pedaço do pão.

— Essa doeu aqui. — Coloca a mão no peito.

— Tem certeza que queria ser segurança? Seria um ótimo ator — provoco.

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora