Capítulo • 15

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Encerro o expediente na lanchonete cansada, extremamente cansada

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Encerro o expediente na lanchonete cansada, extremamente cansada. Tenho vontade apenas de chegar em casa e dormir. Mesmo que não seja um trabalho pesado, qualquer movimento que faço parece despertar o cansaço rapidamente. Estou apenas com dois meses, mas fico imaginando como será quando a barriga estiver grande.

Fecho os olhos por alguns segundos e aprecio a brisa levemente gélida acariciando minha pele. Abraço o corpo para me aquecer enquanto caminho. O céu está manchado com rajadas laranjadas e rosas, parece uma pintura bela e delicada.

Um casal passa por mim, e um toque de melancolia surge em meio as minhas emoções. Durante os dias que se passaram, não pude evitar pensar nele. Hoje completa uma semana e meia desde que nos deixou em casa após receber a alta do hospital. Sinto-me tola por pensar em Dominic mais do que deveria. A bondade, o drama, qualquer característica que o torna especial parece aquecer meu coração.

Todas as vezes que meu pai cita seu nome ao falar sobre o trabalho, tenho que esconder minha ânsia em descobrir o que está acontecendo na sua vida. Joel Bennett conseguiu um emprego graças à ele. Naquele primeiro dia que foi até o quartel, como Dominic havia instruído. Foi tratado com extrema hospitalidade, era como se estivesse em sua segunda casa.

Inspiro e solto o ar lentamente, por mais que a lanchonete tenha fechado mais cedo, não pude sair até Marina terminar de destilar o seu veneno enquanto eu fechava o caixa. Bruxa Má do Oeste. De tanto chamá-la assim em pensamento, temo que uma hora escape por meus lábios. Se isso ocorresse, seria demitida no mesmo segundo. Pelo menos não vomitei mais no horário de trabalho, algo positivo, pois a bruxa poderia desconfiar ainda mais que alguma coisa está acontecendo comigo. Contudo, assim que acordo quase coloco o estômago para fora.

Ao me aproximar de casa, sou pega de surpresa quando um carro que esbanja poder passa por mim e atrás outro carro está o seguindo. Levo um segundo para reconhecê-los, e no momento que o primeiro automóvel estaciona em frente a minha casa, sinto o coração se acelerar.

Dominic. Seu nome parece ter sido sussurrado dentro da minha cabeça. No momento que as portas se abrem e as pessoas saem dos automóveis, o ar parece faltar em meus pulmões.

— Dominic — digo em voz alta, sem acreditar que está parado a poucos metros de mim.

Ainda não notou minha aproximação, está de costas falando algo para seus seguranças. No momento que começa a ir em direção ao portão, grito seu nome. Ele gira nos calcanhares rápido, suas irís azuis recaem sobre mim e um sorriso desponta em seus lábios. Envergonhada, caminho devagar até ele, sinto como se houvesse milhares de borboletas sobrevoando minha barriga.

— Oi — murmuro, e coloco uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, ainda estou com vergonha.

— Oi.

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora