•| Irmãos McDemott - Livro 2
➜ +16 • A história aborda violência (física, psicológica e sexual), ataque de pânico e palavras de baixo calão.
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ANGEL B...
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— Isis está brincando com a Maddie.
Sorrio. Mesmo sem vê-la, desconfio que está perto de chorar.
— Amor, por que sinto que está perto de chorar? — Não perco a chance de provocá-la.
— Para — choraminga. — Ela está diferente, o seu olhar para a Maddie... Não consigo nem explicar com clareza.
— O que ela irá achar do pai? — questiono, como quem não quer nada.
Entretanto, isso é algo que martelou na minha cabeça durante algum tempo. Talvez possua um lado casamenteiro, como Eleonor McDemott. Volto a fitar a entrada da clínica. Em poucos minutos Spencer irá sair por aquela porta.
— Que pergunta mais estranha — ela pausa, e aposto que sua cabeça está juntando as peças através da minha pergunta. — Oh, você é bem astuto, Dominic. Acha que podem formar um casal e Maddie ser o elo entre eles? Isso é loucura. Eles nunca se viram, e você comentou que Spencer está pensando em outra mulher.
— Eu sei, amor. — Suspiro. — Ele a conheceu nos dias que estava indo se consultar com a psicóloga, antes de ser internado. Tenho medo dele não encontrar essa mulher e acabar se perdendo. — Afasto-me do carro e dou alguns passos pela calçada, chutando as pedrinhas. — Não posso perder meu amigo de novo, e princesa... — hesito, sinto-me de mãos atadas quando lembro-me da intensidade na qual estava presente em sua voz no momento que me contou sobre essa mulher desconhecida. — Parecia que havia encontrado sua mulher pela segunda vez. O jeito ao falar dela... Porra, eu só vi meu irmão desse jeito quando Maryan estava viva.
Spencer Thompson pode ter encontrado seu futuro pela segunda vez. Contudo, tenho medo dessa mulher ser sua ruína. Talvez seja o sexto sentido gritando, mas algo me diz que Isis pode ser algo em sua vida. Ou talvez eu esteja louco mesmo.
— Mãe, olha o Daniel querendo subir na estante! — minha princesa grita, antes de voltar a falar comigo. — Dom, não podemos nos precipitar dessa forma. Ele pode reecontrar essa mulher, e ela ser o seu felizes para sempre. O destino é esperto, a colocará em sua vida novamente.
Merda, ela é tão sábia que estou me achando um idiota paranóico.
— Espero que sim.
— Tenha fé, amor.
Amor. Não me canso de ouvi-la falar isso após aquele dia no shopping. No entanto, se tornou ainda mais especial depois do pedido de namoro. Os olhos recaem na aliança prateada grossa em meu dedo anelar.
— Dominic?
— Desculpa, acabei me distraindo. — Volto a encostar contra o carro. Ele está demorando. — Sinto em dizer, mas não posso mais te chamar de princesa.
