Capítulo • 28

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— Ele foi drogado mesmo?

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— Ele foi drogado mesmo?

O tom da minha voz ainda é descrente; a entonação ainda não mudou, mesmo tendo se passado meia hora desde que encontrei os seguranças carregando-o para dentro do apartamento.

— Pelo jeito, sim — responde Luca.

Observo Dominic mais uma vez, parece que está dormindo pacificamente. Entretanto, lembrando-me do motivo, mudo completamente minha visão. Esse sono foi induzido pela droga. Sinto-me um pouco culpada, porque não imaginei que ele sairia daquela forma enquanto eu estava dormindo. Chegar nessa conclusão no momento da qual  acordei despertou o mal-estar. O estômago se revirou e acabei refém do vaso mais uma vez, expulsando tudo que havia ingerido.

— Quem faria isso?

Me sento ao seu lado, ergo a mão e penteio seus cabelos.

— Ele disse que pode ter sido o homem que se sentou ao seu lado.

— Você viu esse homem?

— Não — rosna, frustrado. — Tenho que sair por um momento — informa, após ler algo no seu celular. — Deixarei Brandon com você.

Ele sai antes que eu abra a boca para responder. Movimento os ombros, voltando a observar Dominic. Com cuidado, pego uma de suas mãos.

— Nossa! Está feio esse machucado.

Os nós dos seus dedos estão na carne viva, o sangue coagulado apenas piora a aparência. Ele deve ter ido para o tal galpão, onde diz treinar com os seguranças ou sozinho. Como Luca não possui nenhuma lesão no seu rosto, o saco de pancadas deve ter sentido a sua fúria.

Respiro fundo antes de ir até o banheiro pegar o kit de primeiros socorros. Quando abro a maleta, encontro tudo que preciso para tentar fazer um curativo nas suas mãos. Volto para o quarto carregando apenas as ataduras, esparadrapo, soro fisiológico, pomada, gaze e uma toalha. Me sento ao seu lado e coloco sua mão na minha coxa coberta pela toalha. Com cuidado começo a limpá-la. Troco a gaze diversas vezes até que fique limpa. Aplico a pomada antes de enrolar a atadura e fixar com o esparadrapo.

Meu primeiro curativo, penso.

— Até que não ficou mau.

Levanto e dou a volta na cama para conseguir fazer o curativo na outra mão. Repito todo o processo mais uma vez. No momento que termino de fixar o último esparadrapo, solto um suspiro de alívio. Levanto-me e recolho o material que irei jogar no lixo, o resto voltará para a maleta. Terminando de arrumar, resolvo ir pegar um copo d'água. Ao entrar na sala, percebo que os cacos se foram. A resposta para a dúvida que surgiu em meio aos meus pensamentos está a poucos metros segurando uma caixa.

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora