Capítulo • 30

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Um nome

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Um nome.

Apenas um nome foi o suficiente para despertar o medo. Talvez eu não tenha sofrido o bastante e isso seja a prova de que as coisas as quais conquistei não valeram nada.

Parece que um maldito fantasma está se arrastando atrás de mim a cada passo que percorro tentando vencer o medo, uma lembrança constante de que nunca alcançarei a felicidade plena. Às vezes consigo sentir seu hálito pútrido no meu ouvido, sussurrando palavras desmotivadoras e que possuem o poder de sugarem as  minhas energias.

Tudo mudou após Dominic revelar o nome do homem que o drogou naquele bar.

Limpo as lágrimas com raiva, pois ele desapareceu depois daquela noite. Não encontraram nada sobre seu paradeiro nesses dois meses que se passaram, e o mais irônico: Laryene também desapareceu. Quando Dominic pediu para alguns seguranças investigarem minha cidade natal — com esperanças de Bruno ter se escondido em algum lugar — descobriram essa pequena surpresa através dos pais dessa mulher, que jamais deveria ter recebido o título de amiga.

Alguém coloca as mãos sobre meus ombros, fecho os olhos ao sentir sua presença marcante.

— Calma, amor.

— Não posso. — Respiro fundo, ainda de costas para ele. Não quero que veja o quão abalada estou. — Tenho certeza que Laryene está com ele. Não sei porque estou surpresa. — A risada irônica escapa livremente por meus lábios. — Ela sempre me odiou, se for analisar todas as suas atitudes.

Ele abraça minha cintura, suas mãos espalmadas sobre a barriga grande e arredondada. Um chute contra uma de suas mãos traz um leve sorriso aos meus lábios.

— Parece que Hope está concordando comigo. Você deve se acalmar um pouco, princesa — sussurra no meu ouvido. — Vamos achá-los.

— Assim espero. — Coloco as mãos por cima das suas. — Estava tudo tão bem.

— Não fale assim no passado... Estamos sendo nós mesmos.

— Antes não tinha essa sombra.

Fecho os olhos, as malditas lágrimas voltam a escorrer pelas minhas bochechas. Estou sentido-me fragilizada, mesmo que tente mascarar com a raiva.

Ei, não chore, meu amor. — Gira meu corpo e suas mãos emolduram meu rosto enquanto limpa as lágrimas com os polegares.

— São lágrimas de raiva — minto.

— Odeio vê-la chorar.

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora