Capítulo • 2

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Estaciono o carro quase de qualquer jeito no estacionamento do hospital; meus seguranças estacionam logo atrás de mim

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Estaciono o carro quase de qualquer jeito no estacionamento do hospital; meus seguranças estacionam logo atrás de mim. Retiro as chaves e pego a carteira antes de sair rapidamente, com passos impetuosos sigo até a entrada do local. Nem ao menos espero por Luca e Brandon, mas sei que estão por perto. Confesso que por muitas vezes me senti sufocado com essa proteção, contudo, é algo necessário de nossa família.

Antes de entrar no hospital peço para que fiquem na sala de espera, pois Alaric e mais alguns seguranças estão garantindo a segurança da família. Há poucas horas minha mãe ligou avisando que Diogo havia acordado do coma. Porra, minha vontade era vir correndo para o hospital, mas não pude sair do trabalho. Estava no meio de uma reunião na sede do Corpo de Bombeiros de Washington, fazemos parte da 20° unidade. Acabei me tornando aquilo que sempre almejei enquanto crescia; ser um bombeiro.

Desde pequeno tive esse sonho. Meus pais sempre apoiaram todas as nossas escolhas ao longo de nossas vidas. Diogo, mesmo sendo apenas uma criança, se mostrava encantado pelo trabalho do nosso pai como advogado, e quando nos disse que seguiria os seus passos, nem ao menos ficamos surpresos. Jonathan se tornou Tenente do Exército dos Estados Unidos. Thea, a caçula, ainda não nos revelou o que irá seguir, mas desconfio que o balé sempre estará presente em sua vida. Mia, quer se tornar uma assistente social por causa do seu passado.

Além de ter me tornado bombeiro, fui promovido em poucos anos a Capitão do Quartel. Sou responsável por uma grande equipe que considero como se fossem da minha família. Suas vidas estão nas minhas mãos a cada ordem que lhes dou antes de sairmos em uma missão. A adrenalina sempre percorre minhas veias quando estou dentro do caminhão rumo a algum resgate. Minha meta é salvar todas as vidas possíveis, mas infelizmente há algumas situações que chegamos tarde demais no endereço e alguém não sobrevive.

No dia o qual Diogo sofreu o acidente, outra equipe foi chamada até o local. Um quartel estava mais próximo, por isso fiquei sabendo pela televisão. Péssima forma de se descobrir que algo aconteceu com algum integrante da sua família. Minutos depois nosso pai ligou avisando, mas eu estava em choque enquanto tentava processar o que estava acontecendo. O impacto do seu carro contra o caminhão foi tão horrível, que por um segundo pensei que meu irmão não iria sobreviver. Ele ter sido induzido ao coma nos pegou de surpresa, mas o que importava naquele momento era que estava vivo.

Quanto mais o tempo se passava, mais o medo nos enroscava em sua teia. Um mês em coma, a porra de um mês havia se passado e meu irmão continuava inerte emcima daquela cama. Todos os dias sentia medo de receber uma ligação informando alguma tragédia, pois o estado que Diogo chegou no hospital era considerado grave. A perícia nos confirmou que seu carro foi sabotado, os freios foram cortados. Em nossas cabeças apenas uma pergunta ganhou destaque: Quem poderia ter feito isso?.

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora