Uma série de xingamentos surgem na minha cabeça ao escutar o grito da minha mãe.
Estou fodido. Sinto que hoje irei morrer de forma extremamente dolorosa pelas mãos de Eleonor McDemott. Angel irá ficar viúva mesmo sem termos um relacionamento e minha filha ficará sem pai — essa parte a princesa ainda não sabe. Todavia, considero Hope como se fosse minha, porque a cada dia que se passa isso apenas se concretiza nos meus pensamentos.
— Oi, mãe linda, maravilhosa, melhor mãe do mundo... Sabe que te amo muito? — Escondo-me parcialmente atrás da Angel.
Será que apenas por um dia ela poderia agir de forma normal?
Se Angel sair correndo por essa porta, irei culpar seus gritos. Contudo, tenho minha parcela de culpa, pois avisei emcima da hora. O medo era palpável dentro do carro e isso acabou comigo. Tudo que eu queria era espantar o temor presente em suas íris.
— Não adianta fazer elogios! — grita mais uma vez, e a vontade é de colocar as mãos nos ouvidos como uma criança emburrada. Isso apenas iria aumentar sua raiva. — Como você traz uma moça e nem ao menos avisa a família? O que ela irá pensar de nós?
— Não irá pensar nada. A culpa é dela que não quis vir antes. — Jogo a culpa descaradamente emcima da princesa.
Desculpe, linda. Entretanto, sei que minha mãe não irá fazer nada contra você, agora comigo não posso falar o mesmo. Nunca é bom esconder algo de Eleonor McDemott. Principalmente mulher, ainda mais grávida!
Estou ferrado.
— Dominic! — ofega Angel, batendo no meu braço, arrancando risadas de todos.
— Estão vendo o que sofro? Essa mulher será minha morte — resmungo dramaticamente.
— Bem feito — rebate minha mãe. — Querida, é um prazer enorme te conhecer.
Não perco a emoção em sua voz. Sabia que iria gostar dela, mãe.
— Obrigada, senhora McDemott — responde minha princesa ainda aparentando receio, contudo percebo que se encontra igualmente emocionada por estar sendo bem recebida.
O seu medo era algo sem sentido, todavia consigo a compreender. As pessoas são cruéis, parecem adivinhar nossos medos e usá-los contra nós. Minha família não é assim, e tudo que eu queria com o passar desses meses era apresentá-la a eles. Sinto muito orgulho de tê-la ao meu lado.
Sequer imaginava que seria em um hospital da qual encontraria a mulher da minha vida. Meu pai sempre citou para nós que um dia apareceria uma pessoa que despertaria nosso lado McDemott, e seria impossível ignorá-lo.
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Aprendendo a Amar (02) | ✓
Romance•| Irmãos McDemott - Livro 2 ➜ +16 • A história aborda violência (física, psicológica e sexual), ataque de pânico e palavras de baixo calão. ➜ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS | Não permito que façam adaptações ou a utilizem para outros fins. ANGEL B...