— Quero ir para casa — declaro, e sinto Dominic estremecer.
— O que? Amor, não tem risco da Hope escapar? — brinca.
— Não me faça rir — repreendo, um sorriso presente em meus lábios.
— Tem certeza?
— Tenho. Ainda vai demorar até ela nascer. Quero tomar um banho morno e retirar essa maquiagem, isso vai me ajudar. Lembra daquela conversa que tivemos com a Laura sobre o parto?
— Parto humanizado — responde ternamente. — Ela nos explicou sobre ele. Saiba que te apoio em tudo, princesa. Apenas não suporto vê-la com dor e não conseguir aliviá-las para você.
— Seria pior se eu fosse internada agora, e me colocassem naquele soro. Minha mãe disse que é horrível. — Espalmo a mão no seu peito e consigo sentir as batidas aceleradas do seu coração. — Calma, daqui a pouco irá ter um infarto.
— Estou tendo um nesse momento, mas sou um ator muito bom. — Coloca-me cuidadosamente no banco passageiro de seu carro, nossos olhos se encontram e ambos estão repletos de amor por causa desse momento tão especial. — Estou disfarçando, princesa.
— Dominic, iremos esperar no hospital — informa Eleonor.
— Estamos indo para casa. — Fecha a porta e caminha até o lado do motorista. — Optamos pelo parto humanizado. Não irei levá-la para o hospital nesse momento, mesmo que eu esteja morrendo de medo.
— Querida. — Minha sogra se aproxima e sem qualquer delicadeza empurra o filho antes que ele entre no carro. Seguro o sorriso diante da expressão indignada dele. — Quando ganhei Jonathan e Thea também foi assim, eles demoraram a nascer. O incrível de se ter a chance para escolher esse tipo de parto é o respeito com o tempo do bebê para nascer. Nada daquele soro maldito que tive que aturar no nascimento do Diogo e Dominic. Esses me deram trabalho. — Lança um olhar que não consigo decifrar para os filhos. — Até hoje dão trabalho, mas pelo menos o futuro está encaminhado. Não posso dizer o mesmo dos outros três. — Suspira dramaticamente. — Voltando ao assunto do parto... Quero que mantenha a calma, seu corpo sabe o que fazer nesse momento tão especial. Iremos para o hospital assim que vocês estiverem a caminho. Estou quase cogitando reservar a sala de espera para a família.
— Mãe, as pessoas não vão parar de procurar o hospital apenas porque mais um McDemott irá nascer — diz Diogo, irônico.
— Nem viveu direito a vida de casado e acha que não deve mais respeitar a mãe. Ainda posso te bater, Diogo! Não importa a idade, se é casado ou tem dez filhos, ainda sou sua mãe! — o repreende. — Não vou mais atrapalhar vocês. — Entra um pouco dentro do carro para conseguir segurar minha mão. — Você é forte, querida. Logo nossa Hope vai chegar ao mundo.
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Aprendendo a Amar (02) | ✓
Romance•| Irmãos McDemott - Livro 2 ➜ +16 • A história aborda violência (física, psicológica e sexual), ataque de pânico e palavras de baixo calão. ➜ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS | Não permito que façam adaptações ou a utilizem para outros fins. ANGEL B...