Capítulo • 17

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Maldição!

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Maldição!

Dou um soco no volante no momento que sua casa se transforma em um ponto minúsculo conforme me afasto. Mais uma vez o medo percorreu seus olhos, apenas por eu tê-la chamado de linda.

— Quando te encontrar, vou acabar com a sua raça, maldito!

Me seguro para não desferir outro soco no volante, minha mente está por um fio. Estou perto de perder a batalha e ser tomado pela escuridão da vingança. Pensar no que pode ter acontecido é angustiante. No fundo, sei o que aconteceu. Contudo, estou em estado de negação, nem sequer consigo dizer em voz alta a maldita palavra. Infelizmente, milhares de mulheres passam por isso nas mãos desses desgraçados e, suas vozes são caladas por causa da sociedade hipócrita que as culpam pelo ocorrido.

Meu celular começa a tocar, e isso me desperta desses pensamentos conflituosos. É Luca, então conecto a chamada ao carro.

— Fala. — Cerro as mãos em punho no volante, tentando controlar minha raiva.

— Chefe, está tudo bem?

Que timing perfeito.

— Não.

— Isso tem haver com aquela moça?

— Sim. — Engulo em seco, preciso descontar essa raiva em algo. — Vamos para o galpão da família.

Porra. — Ouço Brandon praguejar.

— Vamos treinar? — questiona Luca, sério.

— Ele não vai treinar, vai acabar com a gente — resmunga Brandon.

— Continue resmungando e será o primeiro. — Rosno.

Encerro a ligação sem que tenham a chance de falarem algo mais. Passo a mão pelo rosto e tento me concentrar no trânsito. Foram dias infernais afastado dela, sendo confortado apenas com a breve lembrança de seu rosto angelical e o som do coração da pequena princesa que cresce em seu ventre.

Lembrar-me disso com tanta intensidade, manteve minha mente sã, precisava disso para conseguir ajudar meu irmão. Não apenas Spencer, mas Diogo também. Está enfrentando o processo de adoção, e conseguiu um acordo para passar o dia com as crianças, mas a noite precisam ser levados para o orfanato, isso está acabando com ele e Safira.

Nos dias que nos reunimos para passar o dia com as crianças, minha cabeça não estava naquele momento e sim com Angel. Ficava me perguntando que estava fazendo, como eram seus dias e se a pequena estava bem. Não estar perto dela da forma como eu quero, é o pior tipo de castigo.

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora