Capítulo • 13

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A cada quilômetro percorrido que aumenta a distância entre nós, a dor aflige o órgão batendo em meu peito

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A cada quilômetro percorrido que aumenta a distância entre nós, a dor aflige o órgão batendo em meu peito. Dói de tal maneira, que leva-me a crer que talvez eu tenha algo sério envolvendo meu coração. Solto o ar dos pulmões com força, frustrado, e tento me concentrar no trânsito de Washington.

— O que você está fazendo comigo, Angel? — pergunto a mim mesmo, e a maldita resposta não surge.

Pensar que não irei mais vê-la desperta novamente aquela dor, mas dessa vez parece que arrancaram brutalmente o órgão do meu peito, um ato bárbaro e cruel. Se minha mãe pudesse ouvir meus pensamentos, colocaria as mãos no peito e seus lábios se curvariam num sorriso de orgulho. Tais palavras que às vezes complementam esses pensamentos, lembram alguns livros que peguei "emprestados" dela. Seu orgulho apenas iria aumentar ao descobrir que leio seus livros escondido.

Esse é um hobbie que ninguém além da Sônia e os seguranças sabem, contudo revelei essa informação para Angel. Ler me proporciona um gosto da liberdade; embarcar em várias aventuras é algo mágico. Todavia, não consigo ler muito, devido ao tempo escasso e chegar esgotado do quartel.

Passo uma mão por meus cabelos e tento me concentrar no que estou prestes a fazer. Em poucos minutos ficarei frente a frente com o Spencer. Tenho que pensar numa forma de abordá-lo, e como última alternativa usar a mentira que surgiu na minha cabeça, mesmo que não me orgulhe dela.

Será que estou sendo precipitado?. Porra, essa pergunta ecoa na minha cabeça, e por alguns segundos me sinto desestabilizado. Ela será minha última alternativa. Um fiapo de esperança para trazer meu amigo de volta. Pego o celular, ao encontrar o que preciso rapidamente conecto ao Bluetooth do carro.

— Oi, Dominic.

Ao ouvir sua voz suave sinto-me aliviado, ela pode me ajudar com meu plano.

— Oi, Elsa, quanto tempo. Como está?

— Estou bem. E você, querido?

— Sinto algo a mais em suas palavras — aponto, preocupado. — Estou bem, na medida do possível.

— A pequena perguntou sobre o pai mais uma vez — revela tristemente.

— Eu... — acabo hesitando, se meu plano der errado, Maddie irá sofrer. O que devo fazer?. Por fim, resolvo seguir com a ideia inicial. — Preciso da sua ajuda.

— Claro. Pode falar, Dominic.

— Quero que arrume Maddie e a leve para aquele parque perto da casa dela. Espere uma ligação minha, e se não receber, saiba que pode levá-la para casa.

— Ele quer ver a filha? — questiona, baixinho.

— Não, Spencer não sabe de nada. Isso poderá ser nossa última chance de lhe dar um choque de realidade.

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora