Capítulo • 25

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— Que silêncio — comenta Dominic

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— Que silêncio — comenta Dominic. — Você está bem?

— Sim, apenas cansada — confesso, envergonhada, deitando um pouco mais no banco do carro.

Tem poucos minutos que saímos da casa de seu irmão. Ainda estou processando esse jantar inesperado. Na minha cabeça paranóica surgiram pensamentos horríveis; dentre eles o de ser excluída por sua família, contudo era apenas o medo e a insegurança atormentando-me. A Família McDemott me acolheu com muito carinho.

— Eles perceberam que estou grávida?

Cravo os dentes no lábio inferior enquanto aguardo sua resposta. Não é como se pudesse esconder muita coisa usando essa blusa colada.

— Sim, princesa.

— Por que não perguntaram nada?

Talvez eu tenha lido muitos livros, e estava apenas esperando sua mãe surtar e dizer que eu sou uma oportunista.

— Sinceramente? Não sei — responde, mas parece possuir algo mais. — Por respeito, talvez. Não fique paranóica, linda, minha mãe iria surtar. — Arregalo os olhos ao lembrar-me da forma como gritou com Dominic. — Dona Eleonor é louca para nos ver casados e com filhos para ela poder mimar, ficaria feliz por ganhar mais uma neta.

Ele para abruptamente e seus olhos se fecham por alguns segundos, como se estivesse repreendendo a si mesmo. Todavia, o meu coração parece que a qualquer momento irá sair pela boca devido a confissão cuja qual eu não estava preparada para ouvir. Em meu íntimo desejo que isso se tornasse realidade, mas ele nunca havia falado abertamente como se sente no meio dessa situação.

— Desculpa, não era para sair dessa forma.

— Dominic. — Espero ele olhar rapidamente para mim antes de continuar: — Você se considera um pai para a Hope?

Ele observa a rua com atenção, e o silêncio torna-se desconfortável. Talvez eu tenha entendido errado. Meus olhos se tornam marejados, e sinto-me quase uma tola.

— Espero que você não se assuste com a minha sinceridade. Mas me considero pai dela desde ouvi o seu coração pela primeira vez. — Arfo diante de sua confissão. — Na minha cabeça, pensar nisso era um ato egoísta àquela época, não sou o pai verdadeiro — diz amargamente, encolho-me ao notar a dificuldade em pronunciar "pai verdadeiro". Dominic não é bobo, no fundo desconfia do que aconteceu de verdade. — Sabe de uma coisa? Pai não é só estar lá no ato e conceber um filho. Isso se chama doador de esperma, para não dizer algo pior. Para mim, ser pai é estar presente a cada passo que seu filho ou filha conquistar; cada caminho que percorrer; cuidar com amor e carinho; acima de tudo, dar um motivo para seus filhos lhe chamarem de "herói." — A rouquidão em sua voz condena o seu amor, as lágrimas deslizam livremente pelas minhas bochechas. — Sinto-me assim a cada pequena etapa da sua gravidez. A ansiedade percorre meu corpo a cada consulta. O receio foi um triste companheiro nos momentos que sentia a vontade de confessar isso para você, mas tive medo de ser rejeitado.

Aprendendo a Amar (02) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora