•| Irmãos McDemott - Livro 2
➜ +16 • A história aborda violência (física, psicológica e sexual), ataque de pânico e palavras de baixo calão.
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ANGEL B...
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Permito que meus pensamentos levem-me até o dia em que conheci Dominic McDemott. Desde então, ainda venho me surpreendendo com tudo que está acontecendo na minha vida. Estar perto dele é como viver em meio à uma tempestade de emoções.
— Perdida em seus pensamentos, princesa?
O suave sussurro quebra o silêncio dentro do carro.
— Acho que sim. — Viro-me um pouco no banco para observar melhor seu belo perfil.
— Acha?
Consigo detectar um sorriso em sua voz.
— Estou me sentindo meio perdida — confesso.
Tem alguns minutos que deixamos para trás a casa de Diogo. Em alguma parte do caminho, minha mãe e irmãos adormeceram. Hoje foi um dia divertido e repleto de emoções na companhia da família McDemott.
— A Princesa perdida no mundo dos pensamentos... Olha! — Curva os lábios, divertindo-se com o rumo das suas idéias. — Isso daria uma bela e divertida história.
— Não vou dizer nada — nego, contudo meus lábios estão quase curvados em um sorriso completo.
— Seus pais gostaram da minha família.
Muda o assunto, de forma inesperada. Ouso dizer que um toque de incerteza está presente na sua voz.
— Impossível não gostar deles.
— Talvez seja uma paranóia... — divaga, e isso desperta minha atenção. — Em alguns momentos notei sua expressão ficar tensa, como se algo a estivesse incomodando. Aconteceu alguma coisa?
Estava temendo que dissesse isso, porém ele é esperto.
— Podemos conversar quando chegarmos no apartamento?
Recebo apenas um aceno afirmativo com a cabeça. Sua mandíbula parece estar tensa, como se estivesse sentindo vontade de dizer algo, todavia respeita o meu pedido. Solto a respiração frustrada e cravo os olhos na rua; por alguns minutos minha mente mostra-me como um vídeo as lembranças dos momentos alegres as quais vivenciei ao lado dele. Isso é o bastante para me distrair e acalmar o órgão batendo fortemente dentro do peito.
— Chegamos.
Afirmo e viro-me para acordar a mulher adormecida no banco do carona, antes que minha mão a toque, Dominic me impede.
— O quê? — sussurro, confusa.
— Independente do que falar, saiba que confio em você.
