Capítulo 6

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Enquanto ela entrava batendo o pé...



É, pelo visto vou me divertir! - pensei a vendo entrar transtornada.


 Não sei o que acontece entre vocês dois, qual o tipo certo de ódio a primeira vista, mas pegou pesado nessa cara! - O amigo dela me falou ainda sentado ao meu lado.


 Repulsa, acho eu. Só dei o troco de uma cabeçada que tomei. E de uns xingamentos, e dá falta de respeito, e mais algumas coisas.


 Cara ela tá azarando esse carinho faz tempo, a primeira vez que ele chegou você atrapalhou. Na boa, conselho de amigo... Se prepara que vai ter retaliação. - Falou sorrindo, achando graça não sei ao certo de que. - Só te dei o papo por que fui com a sua cara, e como! - falou a última parte baixo.


 Vindo dela não duvido! - Sorri. Agora vou voltar por que esse gerente não parece ser o tipo mais amigável de pessoa. Quero evitar dor de cabeça.


 Na boa, depois do que você falou pra ele lá dentro, pode apostar que ele vai ficar no seu pé!


Então ele é vingativo. Humm, essa experiência vai ser boa, quero ver até onde a implicância dele pode ir. O fato dele abusar da posição sempre foi óbvio para mim, quero ter certeza do todos os abusos desse cara.


Voltei para a loja e já haviam algumas entregas. Ele me manteve ocupado com papéis todo o dia e tive a impressão que nem era algo tão importante assim. Se aproximavam das seis, já estávamos todos de saída quando ele me chamou para conversar. Claro, sozinho.


 Em que posso lhe ser útil senhor Gustavo? - Perguntei sério.


 Acho que não começamos bem hoje, queria ter um papo legal com você. - Apontou a cadeira em frente a dele e quando sentei colocou a mão sobre meu joelho. Olhei para ele enviesado para ele que rapidamente retirou a mão. - Bom, hoje pela manhã te pedi apenas um favor. Aqui somos uma equipe e nos ajudamos mutuamente. Você será bem recebido e bem tratado por todos, ou ao menos pela maioria. - lançou um olhar torto para Sabrina que saía pela porta. - Acho que devemos manter assim para que a convivência se mantenha em paz. Sei que é um rapaz inteligente e não quer colocar seu trabalho e sua boa ficha em risco por causa de bobeiras.


 Desculpe, estou entendendo bem? Você está me fazendo uma sutil ameaça só por que eu me recusei em comprar-lhe o remédio, coisa que não é, de forma alguma minha obrigação?


 Não, estou algum apenas dizendo que queremos manter o coleguismo e a união da loja.


 Sei, é era só isso? - Ele parou pensando um pouco.


 Por hora sim, depois conforme formos nos adaptando poderemos ter outras conversas. Só vou te dar um "bizu". Cuidado ao escolher com quem vai andar aqui, algumas pessoas não valem a pena.


 Obrigado pelo conselho, pode deixar que vou me atentar sim.


Me levantei saindo. Que cara mais prepotente, quis, de forma discreta me intimidar. É um babaca de marca maior! Saí da loja a passos largos mas me detive. Um sorriso apareceu em meu rosto. Ela estava ali, o o rapaz de mais cedo. Coitada, não conseguia pronunciar uma frase inteira, e não se de quer tenho mais pena, se dela ou dele que não sabe o problema que está arrumando. Não o que me motivou, se queria salvar a ele ou a ela, fui até o meio dos dois, segurando em sua cintura.


 Olá de novo! Vim perguntar se por acaso não quer uma carona. - Ela arrancou minha mão com tanta força que sento os ossos dos dedos onde segurava estalar. - O que foi?


 Por que eu iria querer? - Me fuzilou.


 Não sei, pra chegar mais rápido talvez. Só quis ser gentil.

Sabrina Onde histórias criam vida. Descubra agora