Capítulo 25

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Entrando na Pizzaria...

O lugar não era nada do que pensei que fosse, era chique em pedras a beira mar. Enzo parecia um pouco desconfortável com alguma coisa e eu estava nervosa. O problema não era ter um encontro a quatro, mas os amigos deles tem dinheiro, postura e boas roupas para frequentar lugares assim, já eu tive que experimentar meu guarda roupas inteiro para achar algo que pudesse estar a altura deles. Merda, vou ter que comprar roupas. Se não fosse pelo vestido da Patrícia ainda estar comigo, não sei se teria vindo. E ainda assim me sinto muito desarrumada perto deles. Cecília está vestindo uma roupa que no mínimo custa a metade do meu salário, e aquele sapato, se não me engano aquilo é um Labutam, só reconheci pelo salto vermelho. Esse custa o dobro. Se em uma pizzaria eles andam assim, imagina em um restaurante sofisticado. Estou fodida!

Os meninos estão mais despojados, Enzo está delicioso em uma calça jeans preta, um tênis e uma camisa de malha de manga curta branca, já Rafael, está de jeans desbotado , All Star preto e camisa preta do mesmo modelo que a do Enzo. Homens nessas horas não tem complicações não é? Nada vai lhe cair mal, é sempre uma escolha simples. Já nós, é sempre uma competição, onde quer que vamos, sempre nos arrumamos para outras mulheres, isso é fato! Até um mês atrás, nunca me preocupei muito com essas coisas, vestia como me sentia bem, mas isso mudou quando Enzo apareceu em minha vida. Ele nunca me cobrou nada, mas por ser sua primeira namorada, acho que no mínimo, não posso fazer feio ao seu lado.

A pizzaria por dentro era tão linda quanto por fora, e estava mais cheia do que aparentava.

- Ainda bem que maldei em reservar! – Cecília disse animada olhando para o lugar.

- Hoje é terça-feira mesmo? – Rafael falou olhando com deboche para Enzo que riu.

- Pois é, estranhei.

- Boa noite! – A garçonete nos cumprimentou e Cecília se apresentou. – Me acompanhem.

A mesa era na lateral, a vista para o mar ficava ao nosso lado. Enzo puxou uma cadeira para mim se sentando logo ao lado.

- Nossa, essa vista é linda demais. – Cecília disse pegando minha mão. – E então, vejo que está mais animada. Meu pai me contou da recuperação do seu irmão.

- Pois é, quase um milagre que só tenho a agradecer a ele. Seu pai é um anjo em terra.

- Ele não poderia exercer outra profissão Sabrina,ele ama a medicina mais que tudo, se deixar mais que a mim! – sorriu.

- Agora é só esperar ele ter alta e voltar a te dar dor de cabeça. – Rafael disse animado. – É o que crianças sabem fazer melhor.

- Você quem o diga não é Rafa! – Enzo disse. Então o garçom se aproximou trazendo o cardápio. Escolhemos os sabores.

- Meus sobrinhos não fazem outra coisa se não me dar dor de cabeça quando ficam comigo. Não tenho irmãos pequenos Sabrina, mas minha irmã me dá mais trabalho do que qualquer outro.

- Ela usa ele como babá! – Enzo disse rindo.

- Já teve dias, quando Gabriel tinha 6 meses, em que ele me ligou lá para o escritório pra saber como fazia por que não sabia trocar fralda e a Isabela abandonou a criança lá. – Cecília contou rindo.

- Vocês riem por que não são vocês quem sofrem esses maus tratos. Pobre de mim Ceci, você tinha era que ter pena de mim.

- Eu tenho pena é das pobre das crianças, isso sim, com uma mãe como Isabela e um tio como você estão ferrados!

Sabrina Onde histórias criam vida. Descubra agora