Capítulo 18

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Na casa do Rafael...

- Achei que não ia desgrudar nunca da sua namorada! - Rafa me recebeu com sarcasmo em seu apartamento.

- Não sou você! E ela não é minha namorada... ainda.

- E então, como vão as coisas com a sua "qualquer coisa"? - Ceci falou saindo da cozinha.

- As coisas com a minha "qualquer coisa" estão indo melhor que nunca. A não ser pelas coisas que aconteceram nos últimos dias. - sentei-me no braço do sofá entanto Rafa permaneceu de pé.

- Meu pai me contou que o quadro dele é delicado demais.

- Acho que ela pode pegar mais uns dias Enzo, não seria atoa.

- Eu tentei propor isso a ela, mas ela não aceitou. Disse que não quer confundir nosso relacionamento com o trabalho, e não vai aceitar que minha amizade com você sirva para ter privilégios.

- Uma atitude muito digna! - Cecília disse refletindo enquanto trazia uma travessa com fettuccine que me lembrou o talharim do almoço. - Cada dia gosto mais dela. Aceita jantar?

- Não, obrigado! Quero levar ela para comer em algum lugar e tentar convencer dela ficar em meu apartamento.

- Não tem medo dela descobrir quem é você lá não?

- Como poderia? Ela não é enxerida, as vezes acho que é indiferente demais, mas acho que é só um meio de proteção.

- E com você com certeza ela precisa! - Ceci riu, colocando a mão sobre meu ombro. - Brincadeiras a parte, preciso te parabenizar. Meu pai disse que nunca imaginou que você amadureceria alguma vez na vida. Essa mulher merece ser canonizada.

- Ela é especial, única. Mas não foi para falar sobre ela ou ganhar mais dinheiro com aposta as minhas custas que me chamaram. O que houve?

- Nada, estava com saudade do meu amante. - Rafa falou tentando me abraçar.

- Sai pra lá rapaz, que disso não gosto nem de brincadeira!

- Eu declarando meu amor e você me ignora! Esta vendo Ceci, e você falando que ele é o meu amante mais fiel. Fui trocado por uma "qualquer coisa".

- Ah para Rafa, que nem trejeitos de gay muito menos drama combinam com você.

- Tá bom, desisti. Você está muito chato. Amanhã começa a auditoria.

- Amanhã, já?

- Pois é. Vamos tentar manter o sigilo. Você vai ficar de olho naquele cara pra mim. Precisamos ter certeza que ele não vai boicotar.

- Por que não o mandamos para outra filial?

- Por que assim chamaremos atenção para nossa real intenção. Não queremos isso. - Ele explicou sentando na cadeira.

- Então quer que ele acompanhe tudo.

- Se não for assim poderemos assustar ele e ele fugir.

- Está bem. Mas fica atento ao telefone, e passa a ir de moto para o trabalho. Assim se der problema vai dar tempo para você chegar.

- Acho que vai ficar feliz em saber que aluguei uma sala no empresarial do shopping por uma semana, durante a auditoria. Exatamente por que previ ter problemas na loja. Vamos trabalhar lá, a Ceci e eu. E se demorar expandiremos para um mês.

- Cara, estou impressionado. Você pensa rapaz! - Brinquei. - Pode deixar que vou ficar de olho. Agora preciso ir. Ela tem é estado muito para baixo esses dias. Não quero a deixar sozinha.

Sabrina Onde histórias criam vida. Descubra agora