Capítulo 31

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Na mesma praia...

Eu ainda estava aborrecida, mas a dor que senti já havia cessado desde o primeiro contato olho no olho há alguns minutos atrás. Vi sinceridade, vi seu desespero. Não justifica as palavras que me disse, mas ele ainda está ali. O homem por quem eu me apaixonei está bem diante dos meus olhos tentando me provar que tudo o que disse é verdade da forma mais louca que pode existir. Meu namorado mandão e exagerado que colocou a pobre da Odete para trabalhar na folga dela. E ela é outra que não bate tão bem assim, pois além de concordar sem questionar ainda falou furiosa com ele em minha defesa. Se eu já gostava dela, agora gosto muito mais!

Passamos rapidamente em sua casa onde ele pegou poucas coisas. Ele ligou para o Rafael o que me rendeu boas risadas. Rafael pegou no pé dele pelo escândalo, e eu certamente estava morrendo de vergonha. No caminho em direção a boate mandei uma mensagem no grupo dos amigos.

Eu:

Só para avisar que estou bem.

Paty

Já ia chamar a polícia. O que houve? Esse brutamontes fez alguma coisa com você?

Eu:

Batemos boca mas já nos entendemos. Como a Fabi falou, era tudo invenção é só para não haver dúvidas ele fez questão de me levar até a casa da irmã pra me apresentar as pessoas.

Clay:

Esse bofe é mara! Sei que tem um desse reservado para minha vida.

Fabi:

Eu te disse para não tirar conclusões precipitadas. E quanto aos seus irmãos? Quer que eu vá passar o olho neles pra vc?

Eu:

Enzo colocou a Odete pra ficar lá de dia, só para que o Fernando fique quieto.

Paty:

Você, deixando alguém estranho na sua casa.
Quem está aí no celular?
Pois minha melhor amiga, Sabrina, jamais faria isso!

Clay:

Para de perturbar Paty e vai dar essa xoxota, que esse seu mal humor é falta de rola!

Eu:

Eu relutei muito, mas como minha mãe tem mostrado mudança, e o Enzo não ia mesmo desistir de me levar, eu aceitei.

Fabi

Amiga, sábado a noite tenho uma festinha pra levar a Ana Clara, eu vou passar pelo seu bairro e dou uma olhada. Só não levo o Nandinho por que ele não vai poder comer nada e nem brincar, é tortura isso pra uma criança.

Eu:

Obrigado Fabi, de verdade!

Paty:

Vou domingo de manhã. Acha mesmo que sua mãe está mudando amiga?

Eu:

Não acredito em milagres, mas vamos torcer para que ela mantenha isso pelo menos nesse final de semana.

Paramos um pouco a frente da boate, acho que Enzo compartilhava da minha vergonha pelo que aconteceu. Enzo saiu do carro indo até o porta malas e Cecília encostou na janela.

- Oi Sabrina, você está bem?

- Agora um pouco melhor.

- Me permite te dar um conselho?

Sabrina Onde histórias criam vida. Descubra agora