No quarto pela manhã...
Acordei, o sol batendo ainda fraco pela fresta da cortina denunciava que o dia já havia começado. Ele dormia sob mim, com a respiração tranquila, e o rosto relaxado. Meu namorado, estranho pensar assim, incrível, mas ele é exatamente isso, o homem que ultrapassou todas as barreiras que eu imaginava serem intransponíveis. Não quero pensar muito na decisão que tomei, estou envolvida demais para fugir agora.
Aproveitei o tempo que tinha para admira-lo. Seu peito subia e descia enquanto respirava relaxado, seus músculos mesmo em descanso eram bem definidos, os gominhos em sua barriga terminados no V sexy, e ele completamente nu, apenas com um lençol cobrindo toda aquela perdição. As coxas grossas, as panturrilhas, até os pés dele eram bonitos, bem tratados, as unhas limpas, aparadas e aparentemente feitas. Seu rosto não tinha delicadezas, era de uma beleza bruta, única. A sobrancelha grossa, o queixo quadrado, os traços do rosto mais brutos. Seus olhos meio puxados, o nariz não era grande demais, nem pequeno, muito menos largo, era perfeito com a parte de cima com uma leve curva. Nunca consegui reparar em tantos detalhes, ele não tinha muitos sinais, apenas uma pequena pinta na têmpora esquerda. Seus cabelos negros em um liso grosso, agora um pouco maior do que quando o conheci. Era estranho, ele não tinha muita barba, o rosto era liso. O peito também, mas não parecia depilar o corpo. A tatuagem estava ali, o velho índio me olhava sério e experiente com seu lobo ao lado. Aquela tatuagem que me perturbou em meus sonhos, aquele corpo, aquelas mãos. Como era possível sonhar com alguém antes de conhecê-lo. Em todos os sentidos, a cor morena em um tom mais avermelhado, os músculos, as mãos, o corpo, a voz sussurrando meu nome e o prazer, até isso era muito vivo nos meus sonhos. Deslizei da cama, me enrolando no outro lençol, procurando minhas roupas, achei meu vestido preto. Fui até o banheiro e entrei naquela ducha imensa e a água caiu sobre mim massageando meu corpo. Ainda eram 6:05 da manhã, terminei o banho, penteando meus cabelos e vendo meus cachos desenharem meu rosto. Ainda sentia falta dele longo, mas já estava acostumada. Depois de me vestir e passar uma maquiagem leve, fui até a cozinha, queria preparar o café, se me achasse naquele lugar. Tudo era muito bem organizado, rapidamente localizei o pó, a cafeteira moderna também não era difícil de manusear. Enquanto o café passava, fui até a sala de jantar. Tudo era estava como deixamos ontem a noite. Nossas blusas caídas no chão, meu sutiã sobre a cadeira. Não queria que Odete visse isso, não mesmo! Comecei a juntar a roupa jogada, levando para o quarto, voltei recolhendo a louça. As orquídeas pareciam intactas, lindas sobre a mesa.
Passaram-se uns 20 minutos, a cozinha já estava organizada, a louça limpa, a mesa arrumada, e o café pronto. Mas como ele gostava do café? Não arrisquei, fui até ele qual foi minha surpresa em vê-lo de pé próximo a janela.
- Bom dia! - Falei com um sorriso. - Não quis te acordar, estava tão tranquilo. - Ele se virou para mim abrindo aquele sorriso maroto.
- Não podia ser diferente, você dormiu aqui comigo. - Caminhou até mim me abraçando pela cintura e levantando. - Você está linda e ainda nem são 6:30 da manhã.
- Vantagens de acordar antes de você, da para me arrumar antes que você me veja como acordo. Pode ter certeza que iria desistir.
- Acho que não desisto tão fácil!

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Sabrina
RomansaSabrina é uma menina problemática com uma família cheia de problemas e por essa motivo foge de romances... até agora