O quarto

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Nicolette sorriu para o local de cama enorme, provavelmente feita sob medida e tecidos pesados de cores acolhedoras em terra e beje. As coisas ali pareciam abraçar, pensou ela, enquanto observava Dane empurrar Loryn para dentro. O lugar cheirava a sexo, pensou Nicolette, e de fundo, tinha um ar mesmo de algo terreno e cheio de pecados. 

Dane parecia ter muitos pecados. 

Enquanto ela olhava para o tecido na cama e imaginava eles ali, sentiu um leve toque de medo quando viu Rhett empurrando Loryn para a suíte e Dane, de braços cruzados para ela. 

- Você parece curiosa. 

- Loryn... - Nicolette apontou para a porta do banheiro que se encostava de leve, e uma leve nuvem de fumaça de água começou a se formar por trás. 

- Ela vai ficar bem. Ela é uma loba forte. 

- É difícil pensar nela como um animal, se me entende... - Nicolette riu de si mesma e fechou as mãos no peito. - Talvez eu esteja vendo coisas. 

- Talvez esteja. - Ele riu dela, de leve. - Eu sempre imaginei, como seria ter mais uma mulher aqui. 

- Você e Rhett.... - Quis saber. 

- Eu o amo, se é o que quer saber, e sim, fazemos sexo. Isso não me torna mais ou menos homem. Meu amor por Rhett não me muda a ponto de me fazer questionar meu papel, Nick. 

- Sexo com outro homem não faz de você... gay. - Nicolette suspirou, indo até a cama, e sentou-se ali, apreciando a maciez extrema. 

- Eu sou o que eu sou e não preciso de rótulos pra isso. - Ele levou a mão até as calças e ajustou o pênis ali quando viu-a sentar na sua cama. - Rhett me faz gay, Loryn me faz hétero, mas apenas os dois juntos me fazem ser o Dane. Eles me construíram quase tanto quanto eu os construí. Rhett foi a primeira pessoa que amei, Nick. 

- Você fala de amor e não é isso que vejo quando olho para você. - Ela suspirou, colocando a mão na colcha quando viu Dane dar um passo para frente. 

- Você já amou algo, com todo seu coração?

- Eu amo a terra, os animais. - Ela considerou, vendo a calça marcar a virilha dele. 

- Já amou tanto algo que morreria por isso? Sem meio termo, Nick, sem restrições. 

- Não. - Confessou. - Não acho que eu já tenha amado algo assim. 

Dane se aproximou dela, com um leve sorriso tenso, e abaixou-se na frente de seu corpo. Não foi uma aproximação muito sexual, pensou Nicolette quando viu-o quase ficar de joelhos, cocorado na sua frente e colocar a mão possessivamente em cima do seu joelho. 

- Não é mais amor, vira praticamente um instinto. Uma voz dentro de você, que te lembra seu papel feroz dentro do círculo da vida. - Ele apertou-lhe de leve a coxa, notando como era macia e leve. - Quando se ama tanto alguém, isso faz parte de suas veias. De seu corpo. 

- Dane... - Nicolette riu, quando viu a mão dele apertar-lhe a coxa. - Minhas pernas...

- Sim, são suas. - Ele disse para ela com a voz embargada. - Gostaria de usá-las agora?

- Que? O quê? - Ela falhou em compreender ele, mas respirou pesado quando sentiu seu corpo esquentar. 

- Se não vai usar suas pernas agora, pode relaxar um pouco. Nada é mais prazeroso para mim do que ter uma bela mulher na minha cama. 

Ela chegou a abrir a boca, porém, suas bochechas ficaram tão vermelhas e tão quentes que ela sabia que tinha virado um pimentão quando se deu conta que estava sentada na cama dele, e ele estava na sua frente, abaixado, com uma mão firme em sua coxa. Ele era esperto, pensou ela, e ela estava quente demais pro gosto dela. 

O Castelo de BronzeOnde histórias criam vida. Descubra agora