Você não está sozinho

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Coltrane veio como a noite que caía. Entrou no castelo de Bronze quase sem anúncio. Ele entrou porque podia entrar e dessa vez valeu-se de seu título. Geralmente, não era como ele preferia conduzir as coisas, mas agora, ele queria fazer assim - ele tinha poder ali e teria que usar disso para lidar com Dane. Oh, ele sabia que teria. Conforme indicado por Nicolette, ele começou a procurar por Dane. Coltrane foi até o banheiro do quarto de Dane. Encostou na porta de madeira escura e pesada e viu que estava trancada.

Sim, ele pensou em bater. Pensou em bater e pedir licença, mas não. Não dessa vez. Coltrane forçou o trincou e ele se rompeu na sua mão. Quebrou-se, na força de seus dedos, caindo a maçaneta no seu pé, perto do seu tênis velho, e parafusos voaram para sua jeans clara. Invadiu o banheiro e viu Dane sentado no chão. 

Não era a visão típica. Dane tinha sangue saindo do nariz, parecia com frio e tinha uma aparência sinistra. Ele estava usando um short, folgado, e tinha uma camiseta velha, negra no corpo e se encolheu quando viu Coltrane.

- O que faz aqui? - Dane exigiu saber. 

- O que diabos aconteceu com você? - Coltrane entrou e encostou a porta rapidamente, mesmo que ela estivesse sem trinco agora. - Por Deus, Dane. Você quebrou o nariz?

- Não. - Dane disse, passando as costas das mãos com força no nariz, o que fez Coltrane entortar o rosto imaginando a dor. - Não quebrou. 

- Vamos olhar isso. - Prometeu, esticando uma mão para Dane, tentando controlar seu lado paternal demais. - Venha, saia do chão, vai ser melhor te sentar em cima do vaso agora.

- Eu estou bem, Coltrane.

- Eu não te perguntei nada. -  Ele falou sério demais e esticou mais a mão no ar. 

Não, Dane não estava bem e havia uma certa disputa ali. Disputa de poderes e Coltrane soube reconhecer aquilo, mas ele seria duro, se precisasse ser duro. Não era o momento de deixar o ego de Dane crescer demais. Não era mesmo. Coltrane observou as pernas de Dane tremendo e abaixou-se, devagar, perto dele, vendo que Dane começou a se armar, se encolher, para ficar longe. 

- Não lute comigo. - Coltrane ordenou sério, esticando a mão para Dane, para segurar-lhe o ante-braço. - Venha, menino. Venha...

- Não. - Disse com a voz tremendo mais do que gostaria. - Eu lhe disse, eu estou bem. 

- Dane. Olhe para mim. - Coltrane falou sério, e esperou Dane olhar para ele, sem tirar o braço do ante-braço dele. - Isso não vai fazer de você menos senhor de sua casa e não vai ser menor entre nós por isso. 

- Não aconteceu nada. - Ele falou se explicando mesmo sabendo que era óbvia a mentira. 

- Dane, como consegue me falar isso? Rapaz, seu ego ainda vai te engolir. - Falou usando uma voz carinhosa. - Vem, deixe-me te ajudar. Vamos olhar o estrago e limpar tudo. 

Dane segurou o braço de Coltrane, olhando nos olhos dele, com firmeza e tentou manter a firmeza. Ele era um alfa. Ele não precisava daquele tipo de ajuda. Nem queria.

- Ele transou com você. - Coltrane compreendeu. - Usou seu ânus. 

O rosto de Dane o entregou, pois ele ficou vermelho no mesmo momento. 

- Eu sei, ele tem direito como líder de prata, mas não é assim que se faz. - Coltrane interrompeu antes mesmo de Dane começar o drama. - Bom, acontece que eu sou o líder de ouro, e nós vamos tirar esse short e essa camiseta para olhar esse estrago e cuidar de tudo. 

- Coltrane...

- Sim. - Ele insistiu, começando a puxar Dane na sua direção. - Sim, Dane.

- Não, Coltrane. - Ele começou a ficar ofegando quando percebeu que seu corpo deslizava no chão sentado. - Não. 

O Castelo de BronzeOnde histórias criam vida. Descubra agora