Alexander

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Nicolette sorria para sua nova amiga enquanto eles comiam um bom ensopado de peixe com batatas. Comida raíz, pensou Nick, com temperos suaves e pão fresco. Agora, os quatro sentados ali, com cara de alegres e leves, ela começou a ver o clima familiar entre eles. O carinho, a imagem de Dane, pegando um pãozinho branco e o dividindo na mão, dando metade para Loryn de forma amorosa.

Não havia nada mais amoroso do que compartilhar o pão na mesa, pensou Nick, enquanto Rhett brincava e mergulhava seu pão na sopa de Dane, de forma brincalhona.

- Então, vocês duas fizeram isso sozinhas? - Rhett comentou, enfiando uma colher cheia na boca, e derrubando algumas gotas em sua camisa branca recém colocada.

- Loryn fez a maior parte do trabalho.

- Você ajudou muito. Ela ajudou, Dane. - Disse Loryn olhando para seu alfa.

- Deve levar jeito com comida, já que produz ela. - Considerou Dane, apreciando sua mesa de madeira cheia de amor e carinho.

- Não é porque eu crio bichos que sei o que fazer com eles quando estão sendo temperados. Entendo de grama, não de temperos. - Confessou. - Loryn, porém, tem mãos de fada. Para comida e para negócios.

- Um dia, quando ela estiver com a barriga esticada de uma gravidez, imagino-a no fogão, dentro de casa, longe de negócios e criando os nossos. - Comentou Dane, e o comentário fez Rhett torcer o nariz.

- Que graça isso teria? - Rhett comentou.

- Alguém precisa criar nossos lobinhos, algum dia. Imagine essa casa tomada de gritos de parto, e nossos lobinhos vindo ao mundo.

- Quer que eu tire melancias da vagina? - Loryn brincou. - Dane, querido, com todo respeito, se um dia eu carregar um lobinho seu, marcaremos uma cesária.

- Vai parir em casa, como minha mãe e minha vó, antes dela. - Dane garantiu. - Não há medo nisso, seu corpo sabe o que fazer.

- E quem vai fazer o parto? - Loryn brincou. - Rhett não tem cara de parteira.

Dane a olhou séria, obviamente se elegendo para a função.

- Só pode estar de brincadeira, Dane.

Nicolette riu internamente. A ideia de Dane no meio das pernas de Loryn amparando uma criança a deixava bem nervosa também.

- Tenho que concordar com Loryn nessa. Um hospital parece melhor.

- Bobagem. - Dane bufou. - Vão parir em casa, as duas.

Nicolette chocou-se quando percebeu que quando ele falava sobre as duas, falava dela também na lista.

- Opa! Calma aí, procriador! - Ela brincou.

Os sorrisos de Rhett e depois, o próprio sorriso de Loryn tornaram a cena mais aberta e mais gentil.

- Desculpe a pergunta, mas... vocês três fazem sexo. - Nicolette considerou. - Como saberia que o filho é seu, Dane?

- Só o alfa pode se reproduzir, querida. - Rhett comentou com um ar leve. - Qualquer lobo que nasça aqui, é de Dane.

- Como podem ter certeza? - Nick riu, soltando os talheres por um momento enquanto olhava curiosa para Dane.

- Quando alguém passa a ser o Alfa, ele ou ela solta um tipo de hormônio... um efeito que atinge à todos. Ele ou ela passa a ser o único capaz de se reproduzir. Rhett não é fertil. Só eu sou. Se Loryn tiver filhos, serão meus, com certeza.

- Entendo. Algo... animal. - Compreendeu Nick e então, olhou para Rhett de novo. - E você está bem com isso?

Rhett deu um sorriso malandro, piscou no ar com força para Loryn, sem nenhum pingo de pudor ou de peso nas costas. Ele tinha aquele ar leve e encantador que o fazia ser o homem que Dane amava em todos os sentidos. Seu primeiro grande amor.

O Castelo de BronzeOnde histórias criam vida. Descubra agora